Tem gente que acorda cedo, toma café e vai espalhar amor nas redes. Tem outros que… bem, preferem deixar comentários azedos em posts. É sobre esse segundo tipo que a gente vai falar por aqui: os famosos haters.
Eles não pedem licença e, muitas vezes, não querem resolver nada, só causar.
Não importa o tamanho da sua empresa ou o engajamento do seu perfil: se você tá online, uma hora vai cruzar com um hater no caminho.
Mas calma, não precisa sair bloqueando geral nem cancelar o Wi-Fi. Neste post, vamos explicar o que é um hater, quem mais sofre com eles, os tipos mais comuns e, claro, como lidar (e até evitar!) esses comentários indesejados.
Vem com a gente aprender a transformar hate em estratégia!
O que é um hater?
Um hater é alguém que utiliza a internet (principalmente as redes sociais) para atacar, criticar de forma ofensiva ou desmerecer outras pessoas, marcas ou conteúdos.

Ao contrário da crítica construtiva, que aponta falhas com argumentos e o objetivo de melhorar algo, o hater tem como foco a desestabilização, o incômodo ou a provocação. Muitas vezes, sem qualquer justificativa concreta.
Eles podem surgir nos comentários de um post, em resenhas de produtos, nas respostas de um tweet ou até em vídeos no YouTube.
A linguagem costuma ser agressiva, sarcástica ou puramente negativa.
É importante destacar que nem toda crítica é um ataque. Receber feedback faz parte da jornada de qualquer marca ou criador de conteúdo.
Quem sofre com haters nas redes sociais?
Infelizmente, ninguém está 100% imune ao ódio digital. Quando o assunto é haters, o alvo pode variar de pessoas públicas a marcas consolidadas.
A seguir, veja quem costuma estar na mira e por quê.
Marcas e empresas
Engana-se quem pensa que só pessoas físicas lidam com haters. Marcas também entram na linha de fogo, seja gratuitamente, por uma experiência ruim com o produto, uma resposta mal interpretada no atendimento ou até uma campanha publicitária que dividiu opiniões.
Além disso, quando uma empresa se posiciona em causas sociais ou ambientais, o risco de sofrer ataques cresce.
E nem sempre esses comentários vêm de consumidores legítimos: há quem crie perfis só para tumultuar.
Influenciadores
Pessoas com grande visibilidade nas redes sociais acabam se tornando alvos fáceis para haters.
Quanto maior a audiência, mais exposta está a imagem do influenciador — e mais sujeitos eles ficam a julgamentos, expectativas irreais e interpretações distorcidas.
Basta um posicionamento mais ousado ou um comentário polêmico para atrair críticas desproporcionais, ataques pessoais ou até linchamentos virtuais.
Criadores de conteúdo
Mesmo quem tem comunidades pequenas ou de nicho pode sofrer com haters.
Às vezes, basta um conteúdo viral ou um post que “caiu errado” fora da bolha habitual para atrair comentários ofensivos.
Criadores que expõem opiniões, rotinas ou aspectos pessoais podem ser criticados por questões que vão muito além do conteúdo em si: estética, estilo de vida, sotaque, entre outros fatores irrelevantes.
Equipes de social media
Quem está nos bastidores também sente o impacto dos haters, especialmente os profissionais que gerenciam redes sociais de marcas e criadores.
Muitas vezes, são eles que recebem as mensagens mais agressivas, os comentários ríspidos e as DMs inflamadas.
Isso pode gerar sobrecarga emocional. É importante lembrar que por trás de cada @ existe uma pessoa real tentando fazer seu trabalho da melhor forma possível.
Comunidades e fãs
Sim, até os fãs podem sofrer com os haters. Quem defende criadores, marcas ou influenciadores nas redes acaba sendo arrastado para discussões tóxicas, críticas indiretas ou até ataques pessoais.
Essa dinâmica contamina a comunidade, afasta novos seguidores e pode prejudicar o engajamento positivo.
Por que existem haters de marca?
Os haters de marca existem porque, diferente de uma relação entre pessoas, o vínculo entre consumidores e empresas envolve expectativas, valores e, muitas vezes, emoções.
Quando essa relação se desequilibra (seja por falhas reais ou percepções distorcidas), o comportamento negativo costuma aparecer.
Alguns usuários se tornam haters por experiências frustrantes com produtos, serviços ou atendimento.
Outros se incomodam com o posicionamento da marca em questões sociais ou políticas ou com a exposição exagerada da empresa nas redes.
Há ainda quem enxergue a oportunidade de ganhar visibilidade ao atacar marcas populares.
Além disso, marcas grandes ou muito presentes no dia a dia acabam sendo alvos fáceis por estarem mais expostas.
A alta visibilidade aumenta a chance de interpretações equivocadas e comentários provocativos, principalmente em contextos de viralização, memes ou polêmicas.
Em alguns casos, o motivo nem está ligado diretamente à empresa, mas ao que ela representa para o público.
Ou seja, o hater pode estar projetando uma frustração pessoal na marca, especialmente quando ela simboliza algo que vai contra suas crenças ou interesses.
No fim das contas, o comportamento do hater tem menos a ver com o post do dia e mais com a percepção que ele tem da marca e como ela se comunica, responde e se posiciona.
Onde os haters estão na internet?
Os haters podem aparecer em praticamente qualquer canto da web, às vezes do nada, às vezes organizados.
Para marcas, é importante mapear os principais canais onde comentários negativos costumam surgir e agir com rapidez e estratégia.
Abaixo, listamos os principais espaços onde os haters costumam marcar presença.
Redes sociais
X, Instagram, TikTok, Facebook, Threads… Em todas essas plataformas, basta um post para atrair comentários inflamados.
Como são canais públicos e de alto engajamento, os haters se sentem à vontade para expor suas críticas (ou apenas causar barulho) diante de uma audiência grande e ativa.
Fóruns
Plataformas como Reddit, Quora e grupos do Facebook são espaços onde os haters podem se organizar para compartilhar insatisfações ou iniciar boicotes.
Nesses ambientes, discussões tendem a se alongar e escalar com facilidade.
Comentários de blog
Sim, até aquela área esquecida no rodapé de posts do blog pode ser usada para desabafos negativos.
Embora o volume de comentários seja menor, ainda é comum encontrar críticas mais detalhadas (ou ácidas) nesses espaços.
Menções externas
Blogs de terceiros, portais de opinião e até textos de influenciadores podem virar palco para críticas públicas às marcas.
Como nem sempre há moderação nesses casos, é importante monitorar menções externas usando ferramentas de escuta social e monitoramento.
Reviews de produto ou serviço
Plataformas como Google Meu Negócio, marketplaces e aplicativos de avaliação (como TripAdvisor ou Reclame Aqui) são verdadeiros palcos para consumidores frustrados — e para haters também.
Uma crítica mal-intencionada (ou injusta) em um review pode afetar a reputação da marca de forma duradoura, principalmente quando há falta de resposta.
Mensagens diretas (DMs ou inbox)
Nem só de comentários públicos vive o hater moderno. Muitas marcas recebem mensagens privadas com críticas, ataques ou provocações, principalmente via Instagram, Facebook e até no WhatsApp Business.
O hater da DM costuma se sentir mais à vontade para despejar frustrações sem ser exposto, o que pode tornar as mensagens ainda mais agressivas ou desrespeitosas.
Apesar de serem menos visíveis, essas interações precisam de atenção.
É importante manter uma postura profissional, registrar os casos e, se necessário, aplicar filtros, bloqueios ou encaminhar a questão para equipes especializadas de atendimento.
Quais são os tipos de haters nas redes sociais?
Nem todo hater é igual. Entender os diferentes perfis ajuda a lidar com cada um de forma mais estratégica.
A seguir, conheça os tipos mais comuns que circulam pelas redes sociais de marcas e criadores.
Hater gratuito
Esse é o famoso “odiador por esporte”. Ele comenta negativamente sem motivo claro, apenas pelo prazer de criticar.
Costuma surgir do nada e desaparecer com a mesma rapidez, mas pode deixar um rastro de comentários tóxicos.
Consumidores frustrados
Diferente do hater gratuito, esse perfil tem um motivo, geralmente uma experiência negativa com produto, atendimento ou entrega.
O problema é quando essa frustração vira uma rotina de ataques, mesmo após o caso ser resolvido.
Bullies digitais
Aqui o objetivo é ofender. Eles vão além da crítica e partem para o ataque pessoal, com xingamentos, sarcasmo e tentativas de humilhar a marca ou os profissionais por trás dela.
Muitas vezes, usam o humor como desculpa para o abuso.
Trolls
Amam polêmica. Os trolls provocam, distorcem informações e tentam manipular discussões apenas para gerar caos e chamar atenção.
Quanto mais reações, melhor para eles. É o típico perfil que se alimenta do engajamento negativo.
Fakes
Perfis falsos criados com o único objetivo de atacar, tumultuar ou espalhar desinformação.
Podem ser difíceis de rastrear, mas o comportamento costuma ser padrão: sem foto real, poucos seguidores e muitas provocações.
Mentirosinhos
Nem todo hater chega com o dedo apontado e a voz elevada. Alguns preferem o caminho da mentira e, infelizmente, fazem bastante estrago.
Os “mentirosinhos” criam ou espalham informações falsas sobre marcas, produtos ou serviços. Às vezes, são consumidores mal-intencionados. Outras vezes, apenas seguem o embalo de uma fake news que caiu nas graças do algoritmo.
Esse tipo de hater pode prejudicar seriamente a reputação da marca, principalmente se a informação enganosa for compartilhada com facilidade.
Haters organizados
São grupos que se unem com um objetivo em comum: boicotar uma marca, atacar uma campanha ou espalhar desinformação.
Podem surgir por discordâncias ideológicas, decisões empresariais controversas ou ações mal interpretadas.
Exigem atenção redobrada, pois geram ondas de comentários simultâneos e coordenados.
Concorrência desleal
Embora não seja comum, há casos em que empresas criam perfis falsos ou estimulam campanhas negativas contra concorrentes.
É uma prática antiética e, se identificada, deve ser documentada e levada aos canais legais e à própria plataforma.
Afinal, como lidar com haters nas redes sociais?
Ignorar, responder, apagar, bloquear? Nem sempre a solução é óbvia — e muito menos igual para todos os casos.
Lidar com haters exige estratégia, inteligência emocional e, muitas vezes, um bom filtro para entender o que vale ou não a pena dar palco.
A seguir, montamos uma tabela para ajudar a identificar o melhor caminho conforme o perfil do hater.
Tipo de hater | Como identificar | Como lidar |
Hater gratuito | Comentários aleatórios e agressivos, sem motivo claro | Ignorar ou esconder comentários. Não vale a pena engajar |
Consumidores frustrados | Relatam experiências negativas com a marca | Responder com empatia, oferecer ajuda e buscar solução |
Bullies digitais | Ofensas pessoais, ataques repetitivos e de mau gosto | Moderação ativa e, se necessário, bloqueio |
Trolls | Comentários provocativos só para gerar conflito | Não alimentar. Ignorar ou limitar visibilidade |
Fakes | Perfis falsos ou recém-criados com foco em atacar | Bloquear, denunciar e aplicar políticas de moderação |
Mentirosinhos | Inventam fatos ou distorcem situações para causar dano | Corrigir com fatos, manter o tom respeitoso e documentar |
Haters organizados | Ataques em massa, muitas vezes combinados em grupos | Monitorar, acionar equipe de crise e responder com calma |
Concorrência desleal | Perfis “clientes” que levantam críticas sem fundamento | Investigar, responder com profissionalismo e registrar provas |
Mais importante que reagir ao ataque é proteger o clima da sua comunidade e manter o foco na reputação da marca.
Nem todo comentário precisa de resposta. Saber escolher as batalhas é parte essencial da estratégia.
Como evitar haters na internet?
Evitar completamente a presença de haters nas redes sociais pode não ser possível. Afinal, a internet é um espaço aberto, cheio de vozes e opiniões divergentes.
Mas dá, sim, para reduzir o impacto deles e manter sua comunidade mais saudável e protegida. Abaixo, você confere algumas estratégias práticas.
Prevenção com atendimento de qualidade
Muitas crises nascem de pequenas frustrações mal resolvidas.
Por isso, investir em um atendimento humanizado, ágil e empático é uma das formas mais efetivas de evitar que clientes se tornem haters.
Monitoramento constante das redes
Você não pode reagir ao que não vê. Monitorar menções à sua marca, hashtags relacionadas e comentários em publicações ajuda a detectar sinais de insatisfação antes que se tornem crises maiores.
Cultura de comunidade saudável
Nem só de haters vive a internet. Seguidores fiéis, fãs da marca e clientes satisfeitos também fazem parte da equação.
Estimular uma cultura de respeito e colaboração nos seus canais fortalece a comunidade. Ela pode ajudar a neutralizar ataques ou identificar comportamentos tóxicos.
Valorize quem interage positivamente, promova diálogos saudáveis e incentive boas práticas. A comunidade pode ser sua melhor linha de defesa.
Moderação e políticas claras de uso
É importante deixar claro que sua marca não tolera determinados tipos de comentários.
Seja em redes sociais, blogs ou fóruns, publique políticas de moderação visíveis, explicando quais comportamentos serão deletados ou bloqueados (ex: discursos de ódio, ofensas pessoais, spam, etc.).
Com isso, você estabelece limites e protege o ambiente de interação para todos os usuários, inclusive os bem-intencionados.
Postura da marca diante de polêmicas
Em tempos de cancelamentos e engajamentos explosivos, saber se posicionar faz toda a diferença.
Não significa fugir de assuntos importantes. Pelo contrário. O ideal é que toda ação (ou reação) da marca seja pensada estrategicamente: quando se posicionar, como e por quê.
Prever possíveis repercussões, treinar porta-vozes e alinhar o tom de voz com os valores da marca ajuda a manter a coerência, mesmo diante de situações delicadas.
Assessoria de imprensa e gerenciamento de reputação
Quando o barulho nas redes sociais ameaça ultrapassar os limites digitais, uma boa assessoria de imprensa pode ser a chave para proteger a imagem da marca.
Ela atua não apenas na contenção de crises, mas também na construção de uma reputação sólida no longo prazo.
Além disso, uma assessoria especializada ajuda a criar comunicados estratégicos, alinhar mensagens em diferentes canais e manter o tom institucional em momentos sensíveis.
Em situações mais complexas, como campanhas boicotadas, ataques organizados ou distorções de informação, esse suporte é essencial para evitar danos maiores e reconstruir a confiança do público.
Lidar com haters nas redes sociais pode parecer um campo minado, mas com estratégia, empatia e boas ferramentas, é possível atravessar esse território sem grandes explosões.
Se você deseja mais controle, agilidade e organização na gestão das redes sociais, a mLabs pode te ajudar.
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