Começar por onde a audiência já está pode ser o passo mais eficiente.
Mas se comunicar com o cliente não é mais sobre onde você aparece, mas como e quantas vezes. Com a jornada cada vez mais fragmentada, entender o custo-benefício de cada formato e ponto de contato virou questão estratégica — e não mais opcional.
Nesta edição, vamos explorar os hábitos de consumo dos brasileiros e as oportunidades ainda pouco exploradas em algumas plataformas.
Em quais plataformas os brasileiros estão?
Qual rede social mais utilizada por geração?
Veja abaixo o que os dados mostram:

Entre Gen Z, Y e X, o Instagram supera 85% de uso. Mesmo com o avanço de outras plataformas, ele continua sendo um dos canais mais relevantes para criar conexão e manter relacionamento com diferentes públicos.
A única exceção está nos Baby Boomers, onde o YouTube lidera com 87%. Ainda assim, o Instagram mantém 85% de presença, praticamente empatado no topo. Pela primeira vez, o Instagram passou o Facebook como app mais usado pelos Baby Boomers.
O TikTok já está sendo usado por todas as gerações, e se tornou a terceira maior plataforma para a geração Z no Brasil.
Em um cenário com tantas opções, a consistência do Instagram entre diferentes idades reforça seu potencial para alcançar públicos amplos.
Porém, com a disputa por espaço, atenção e clientes cada vez mais acirrada no Instagram, ter uma estratégia baseada em dados e na lógica faz total diferença nos seus resultados.
Vale a pena estar no YouTube?
YouTube é a segunda rede social mais usada pelas gerações Z, Y e X, e a primeira pelos Baby Boomers. No entanto, mesmo reunindo formatos que atendem diferentes intenções de consumo e sendo uma das redes sociais mais usadas do Brasil, o YouTube ainda é tratado como canal secundário por muitas marcas.
Vamos aos dados:

54% das pessoas acreditam que marcas e empresas devem estar no YouTube para promover seus produtos ou serviços. Isso mostra que o público espera encontrar negócios por lá, não por acaso, mas porque está em busca ativa de informação antes de decidir.
Quando estão em dúvida sobre uma compra, 56% procuram por reviews no YouTube. Diferente das redes de consumo rápido, aqui a atenção é qualificada. O usuário chega com intenção de entender, comparar e escolher com mais segurança.
Tratar o YouTube apenas como vitrine é desperdiçar um dos canais mais valiosos da fase de consideração. É lá que grande parte do público busca profundidade, credibilidade e comprovação antes de decidir. Marcas que entendem esse papel transformam conteúdo em influência real na jornada de compra.
O problema não é a plataforma, mas a falta de prioridade que ela recebe nas estratégias de conteúdo.
O TikTok realmente funciona para marcas?
Funciona. Mas não do jeito que a maioria tenta.
❌ O erro comum é tratar o TikTok como mídia tradicional, quando o que ele exige é comportamento de comunidade. Lá, não vence quem grita mais alto ou edita melhor, vence quem entende o contexto e se encaixa no clima do momento.

A marca que chega só pra vender soa deslocada. Mas quem participa da conversa, vive o feed e contribui com relevância conquista algo muito mais poderoso que visualização: espaço na rotina e na percepção das pessoas.
Como crescer no TikTok?
Crescer no TikTok não é sobre seguidores — é sobre pertencimento. A plataforma opera por meio de comunidades de interesse, e o conteúdo que se destaca é aquele que participa ativamente dessas conversas. Hashtags como #BookTokBrasil não são só marcadores de tema: são pontos de encontro de pessoas com um mesmo código cultural.
Se você entende isso, começa a enxergar o TikTok não como um palco, mas como uma rede de tribos digitais.
Cada comunidade do TikTok tem linguagem, estética e valores próprios. E o algoritmo favorece quem se encaixa nessas dinâmicas.
Por isso, criar conteúdo estratégico começa com mapear os territórios que fazem sentido para a sua marca. Não é só sobre “o que postar”, mas sobre “para quem eu estou postando?”. Ao entender quais microcomunidades orbitam sua marca, você deixa de ser mais um post e passa a ser um participante legítimo daquela conversa.
Isso vale tanto para creators quanto para marcas. Um vídeo com uma trend específica, por exemplo, pode conectar você a uma comunidade momentânea — e essa identificação pode ser o gatilho para viralizar. Já conteúdos educativos e recorrentes criam raízes em nichos estáveis, gerando crescimento constante e autoridade real.
No TikTok, visibilidade é consequência de conexão. Quando você cria para comunidades, o conteúdo ganha contexto. E quando o conteúdo tem contexto, ele performa. Quem entende isso para de buscar “hack” de algoritmo e começa a construir relevância com consistência.
O maior erro é tratar cada canal de forma isolada.
Os melhores resultados vêm quando você entende o papel de cada um na jornada e orquestra todos juntos para o mesmo objetivo. Nenhum canal entrega tudo sozinho, a performance está na soma das partes.
Mais do que alcançar, é preciso atrair com intenção e nutrir com estratégia.
E a escolha do canal e da forma de comunicação certa pode mudar tudo.
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