O que (ainda) funciona nas mídias sociais?
Em um cenário de mudanças constantes, onde todo dia parece haver uma “nova regra do jogo”, o que realmente funciona? O que mudou — e o que permanece essencial — para marcas, profissionais e agências que querem gerar resultado com relevância?
Esta edição aponta o caminho com base em lógica e dados. Sem achismos. Sem modismos. E sem perder a essência do digital.
Procura-se: conteúdo autêntico
🤔 Muito se fala sobre “autenticidade” — especialmente dentro do Instagram. Mas o que isso realmente significa na prática?
Dados da Boston Consulting Group ajudam a responder. Os dados abaixo mostram quais as características dos conteúdos com maior potencial de engajamento e conversão:
![Nova Era redes sociais 1 [Infográfico] Quais são os atributos para fazer um conteúdo que vende?](https://mlabs-wordpress-site.s3.amazonaws.com/wp-content/uploads/2025/09/Nova-Era-redes-sociais-1-800x450.png)
O conteúdo autêntico é aquele que mostra pessoas reais, que conecta, e constrói relacionamento. Está menos ligado à perfeição técnica e mais à verdade por trás da mensagem.

Os dados acima mostram de forma irrefutável: as pessoas querem ver e se relacionar com outras pessoas que fazem parte do universo da marca.
💡As mídias sociais são sobre as pessoas e suas narrativas, são sobre conversas. Portanto, quem aparece nas narrativas da sua marca nas redes sociais?
Não se trata apenas do que se vende, mas de como se participa da vida do outro. O que aproxima é o tom, o contexto, a intenção — e isso é o que gera confiança.
Essa é a base para evoluir para um modelo de comunicação mais maduro e relacional, onde a troca genuína com a audiência assume o centro da estratégia.
Conversação, antes da conversão
O marketing conversacional não é mais tendência — é a espinha dorsal das redes sociais. As maiores apostas da Meta estão no inbox do Instagram, no WhatsApp e em plataformas de diálogo como o Threads. E isso diz muito sobre o momento atual.
💡 Marcas que escutam, respondem e cocriam com a audiência estão um passo à frente. Esse é o caminho mais curto para construir comunidade, gerar pertencimento e criar produtos ou serviços que nascem das dores e desejos reais do público.
Mais escuta ativa e menos imposição. Quando a marca deixa de falar “para” e passa a falar “com”, entra em um novo estágio de construção de presença.
Conteúdo, criatividade e a crise da atenção
🧠 O tempo médio de atenção de um peixe é de 9 segundos. O de um ser humano em 2024 é de 8 segundos. Mas, no Instagram, essa média despenca para 1,7 segundos.
A crise da atenção é real — e exige respostas rápidas, criativas e assertivas.
Contrariando o senso comum, não é a superprodução que vence.
É o conteúdo lo-fi — com estética mais simples, menor edição e mais proximidade — que gera mais visualizações e engajamento. Em média, Reels lo-fi têm 40% mais views e 30% mais alcance do que os Reels hi-fi (altamente produzidos).

No entanto, cabe ressaltar que a escolha entre lo-fi e hi-fi depende de fatores como o setor, o público-alvo e a história que a marca quer contar.
Na era da retenção, focar em conteúdo autêntico, usar ganchos estratégicos, storytelling, infotenimento e saber editar/produzir o conteúdo, é fundamental para se destacar em um ambiente onde não existe mais espaço para o amadorismo.
O que vende mais nas redes sociais?
As pessoas não seguem perfis para assistir propaganda. Elas seguem para se informar, se inspirar ou resolver algum problema.
Quando o conteúdo é apenas vitrine — “olha meu produto, olha minha empresa” — o que acontece é previsível: perda de alcance, baixa retenção, desinteresse.
Ao entregar valor antes de extrair valor, você constrói autoridade e credibilidade. Pode ser um insight, uma dica prática, um tutorial ou até uma reflexão que ajuda seu público a enxergar um novo caminho.
💡Esse movimento gera mais atenção, engajamento e, no médio prazo, vendas. Afinal, quem confia em você, compra de você.
A lógica do princípio de Pareto
⚖️ Se 80% do seu conteúdo entrega conhecimento, inspiração ou entretenimento, os outros 20% podem falar diretamente da sua oferta (Princípio de Pareto). O impacto é exponencial: você educa, cria relacionamento e, no momento certo, converte.
Marcas que só publicam ofertas sem gerar conexão fazem panfletagem digital. O resultado? 43% dos consumidores deixam de seguir por excesso de autopromoção.
O ponto central é entender que redes sociais não são vitrines digitais, mas ambientes de conversa. Quem constrói relevância é quem consegue tornar o conteúdo mais sobre o público do que sobre si mesmo. Marcas e criadores que aplicam essa lógica transformam seguidores em comunidade — e comunidade engajada gera crescimento sustentável. 🚀
Branding vs. Performance
O foco em performance só funciona bem quando há base construída por branding. Performance colhe o que o branding plantou. Quem só quer colher sem plantar, em algum momento, fica de mãos vazias.
Essa é a chave: consistência, frequência, conteúdo com propósito. Criar para entregar, não só para vender. Porque a venda é consequência de uma relação sólida — não de uma promoção pontual.
Ponto de ruptura ou retorno?
A “nova era das mídias sociais” não é uma cisão, mas sim um retorno à essência: socializar.
Um resgate da conexão humana, da autenticidade e da criatividade com propósito.
Isso significa priorizar o relacionamento, o diálogo e a conversa.
Para você se aprofundar:
A Nova Era das Redes Sociai: um olhar mais profundo
Veja o episódio do podcast Papo Social Media, em que eu e a Bárbara Duarte conversamos sobre o cenário de 2025: saturação, IA, comportamento, algoritmos e o que (ainda) funciona para marcas e criadores.
Entenda o que isso tudo significa para quem trabalha com marketing e conteúdo, e como as marcas podem se adaptar para se destacar nesse novo contexto.
![KISO INSIGHTS 77 [Kiso Insights] A nova era das Redes Sociais](https://mlabs-wordpress-site.s3.amazonaws.com/wp-content/uploads/2025/09/CAPAS-BLOG-KISO-INSIGHTS-39-1.png)



