Resumo
- O brandbook é o manual oficial da identidade da marca, reunindo diretrizes de tom de voz, identidade visual, posicionamento e até o que não fazer com o logo. Tudo para garantir consistência na comunicação.
- Mais do que estética, ele é uma ferramenta estratégica, usada por times internos, parceiros, imprensa e fornecedores para representar a marca com coerência em todos os canais.
- Criar um brandbook não precisa ser complexo, basta seguir etapas práticas que vão desde o autoconhecimento da marca até a organização visual, validação e treinamento da equipe.
Você já tentou manter uma marca coerente nas redes sociais sem um brandbook? É como tentar montar um quebra-cabeça de 5 mil peças… sem a imagem da tampa da caixa.
No feed, o post é azul royal. No TikTok, é rosa chiclete. No LinkedIn, o tom de voz é super formal. No Instagram, parece que foi escrito por um narrador de reality show.
No fim, público não entende quem você é (e nem você mesmo).
É por isso que o brandbook (muitas vezes também chamado de manual de marca) virou o melhor amigo de quem trabalha com social media, branding, design e até atendimento ao cliente.
É um guia da identidade da marca: mostra como ela se comunica, se apresenta, se posiciona e se diferencia no meio de tanta informação.
E olha: quando bem-feito, ele não é só um documento bonito. É uma ferramenta estratégica pra manter todo mundo na mesma página, do CEO até o estagiário de memes.
Neste post, a gente vai te mostrar exatamente o que é um brandbook, porque ele é tão importante para as marcas e como criar o seu.
Bora alinhar a comunicação da sua marca com estilo e propósito?
O que é um brandbook?
Um brandbook é o manual que reúne todas as diretrizes da marca, da identidade visual ao tom de voz e posicionamento. Ele garante consistência em toda a comunicação da empresa.

Sabe quando a marca fala uma coisa no Instagram, outra completamente diferente no site e ainda usa um logo que parece ter sido salvo em 2004?
Então, o brandbook nasce pra evitar esse tipo de caos. Ele é o guia oficial do “quem somos, como parecemos e como falamos” da marca.
É um documento (físico ou digital) que alinha toda a galera: marketing, atendimento, design, vendas, CEO e até o novato que entrou ontem. Porque quando todo mundo segue a mesma batida, a música soa bem melhor.
Mas não para por aí. O brandbook também serve como bússola para quem está do lado de fora da empresa.
Jornalistas, parceiros comerciais, fornecedores, agências, influenciadores e até patrocinadores podem se guiar por ele para representar a marca da forma correta.
Ou seja, um verdadeiro mapa da identidade da marca, ajudando a manter a consistência em todas as frentes: redes sociais, site, campanhas, apresentações, papelaria… tudo mesmo.
O que é um guia de estilo de marca?
O guia de estilo de marca é a parte do brandbook que define como a marca deve se apresentar visualmente e textualmente. Ele dita o uso de cores, fontes, logotipos, tom de voz e padrões de comunicação.
Pense no guia de estilo como o stylist da marca: ele decide se a empresa vai usar blazer ou tênis no look, e não deixa ninguém aparecer com meia de bolinha em evento formal.
Ele mostra como aplicar o logo sem esticar, quais cores usar sem surtar, qual fonte tem a “cara” da empresa e como escrever de um jeito que tenha a ver com o tom da marca.
Para que serve um brandbook?
Um brandbook serve para garantir que todas as ações de comunicação da marca estejam alinhadas com sua identidade e valores, evitando distorções e ruídos.
É aquele melhor amigo da coerência. Ele serve pra garantir que a marca seja ela mesma em todos os pontos de contato, seja no feed, no atendimento via DM, no e-mail de boas-vindas ou no anúncio do YouTube.
Ele evita que a empresa se perca na hora de se comunicar, e ajuda até a ganhar tempo nas decisões do dia a dia.
Afinal, quando você sabe quem é e como quer se apresentar, tudo flui com mais clareza (e muito menos estresse criativo).
Qual é a diferença entre brandbook e brand guide?
O brandbook é um documento mais completo e estratégico, que traz toda a essência da marca: propósito, posicionamento, valores, tom de voz e identidade visual.
Já o brand guide costuma ser mais técnico e visual, focando nas diretrizes de uso da marca no dia a dia, como logotipo, paleta de cores, tipografia e aplicações.
Você pode até achar que brandbook e brand guide são nomes diferentes para a mesma coisa… mas calma lá: eles são irmãos próximos, sim, mas com personalidades bem diferentes.
Quais são os formatos de um brandbook?
Não existe um único jeito de montar um brandbook — e é justamente essa flexibilidade que faz dele uma ferramenta tão versátil. Abaixo, listamos os formatos mais comuns (e funcionais!) usados pelas marcas:
PDF (o clássico confiável)

O formato mais tradicional e prático. Ideal para ser enviado por e-mail, armazenado em nuvem ou compartilhado com parceiros e fornecedores.
Pode ser interativo (com links clicáveis) e costuma reunir todas as diretrizes visuais e verbais da marca de forma organizada. Fácil de salvar, fácil de consultar.
Apresentações em slides (tipo PowerPoint ou Google Slides)
Perfeito para reuniões rápidas, treinamentos e onboardings. Esse formato tem visual mais dinâmico e funciona bem quando a ideia é apresentar a essência da marca de forma resumida e visualmente atrativa.
Além disso, é fácil de editar quando pequenas mudanças forem necessárias.
Plataformas interativas (Notion, Figma, Miro etc.)

Modernos e colaborativos, esses formatos são ótimos para marcas que vivem em ambiente digital.
Eles permitem atualizações em tempo real, comentários da equipe e até versões com acesso restrito.
Ótimo para quem quer manter o brandbook vivo e em constante evolução.
Sites internos ou intranets
Algumas marcas criam um site exclusivo para hospedar o brandbook, com navegação por menu, busca por palavras-chave e áreas específicas para cada equipe.
É uma opção robusta, mas exige mais estrutura e manutenção.
Versão impressa (sim, ainda existe!)

Apesar de menos comum hoje em dia, o brandbook impresso ainda é utilizado por marcas que valorizam o físico, especialmente para eventos, reuniões presenciais ou apresentações institucionais.
Funciona bem como peça de branding em si, transmitindo seriedade e cuidado com os detalhes.
O que deve conter um brandbook?
O brandbook é um guia para a sua marca. Cada página tem um papel importante pra garantir que todo mundo reme na mesma direção.
Mas o que exatamente ele precisa ter? Abaixo, listamos os principais elementos que não podem faltar.
Sobre a marca

Aqui é onde tudo começa. É o espaço para contar a história da marca, sua missão, visão e valores.
Esse bloco ajuda qualquer pessoa (fornecedores, colaboradores ou parceiros) a entender de onde a marca veio e pra onde está indo.
Personalidade da marca

Qual é o “jeito” da marca? Divertida? Elegante? Irônica? Seria? Esse trecho define o comportamento da marca em diferentes situações e ajuda a manter a coerência da comunicação.
Tom de voz

Depois de definir a personalidade, é hora de desdobrar o tom de voz: como a marca se expressa nas redes sociais, no SAC, nos materiais publicitários e até em campanhas de tráfego pago.
Aqui vale especificar expressões recomendadas, vocabulário ideal e o que deve ser evitado.
Buyer persona
A buyer persona representa o cliente ideal. É essencial incluir esse perfil no brandbook para que todas as ações de comunicação e marketing sejam direcionadas ao público certo.
Identidade visual
A identidade visual é o cartão de visita da sua marca. E, convenhamos, ninguém quer entregar um cartão todo amassado, né?
É ela que garante que, mesmo de longe (ou em um scroll apressado), a sua marca seja reconhecida. A seguir, veja os elementos que devem compor esse bloco do brandbook:
Logotipo e variações

Explique qual é o logotipo principal da marca e quando usar suas variações (versão horizontal, vertical, monocromática, negativa etc.).
Inclua orientações de tamanho mínimo, espaçamento e área de respiro. Vale até mostrar o que não fazer com ele (sim, isso inclui esticar ou colorir do jeito errado!).
Usos permitidos e proibidos

Nessa parte, mostre exemplos visuais do que é permitido ou não com a marca. Pode usar sobre fundo escuro? E se a imagem for muito colorida?
Aqui é o espaço para tirar todas essas dúvidas e evitar improvisos que podem comprometer a identidade da marca.
Guia de cores

Apresente a paleta oficial com seus respectivos códigos (CMYK, RGB, Hex). Destaque as cores primárias (as protagonistas da identidade visual) e as secundárias (as coadjuvantes que ajudam a complementar).
E, se possível, mostre exemplos práticos de combinações harmoniosas (ou desastrosas) que devem ser evitadas.
Tipografia

Liste as fontes oficiais da marca e suas funções: qual é a fonte dos títulos, dos textos corridos, dos destaques, etc.
Não esqueça de mostrar exemplos de hierarquia visual (como organizar os textos para manter consistência e legibilidade).
Se a marca usar fontes alternativas para redes sociais, vale mencionar também.
Grafismos e elementos visuais


Sabe aqueles detalhes que amarram o visual da marca e fazem ela ser reconhecida até sem o logo?
Aqui é o lugar deles: molduras, ícones personalizados, formas geométricas, linhas, setinhas e o que mais fizer parte da construção visual. Mostre como usá-los (e onde não exagerar!).
Estilo de fotografia

Se a sua marca usa fotos em campanhas ou redes sociais, é importante definir o estilo visual: fotos mais espontâneas ou posadas? Com cores vibrantes ou mais neutras? Com fundo branco ou em ambientes reais?
Aqui também vale indicar exemplos e até um banco de imagens que combine com o branding.
Botões e elementos de interface

No digital, até os botões falam pela marca. Detalhe os padrões visuais para botões de CTA, menus, cards, banners e demais elementos gráficos que aparecem em sites, aplicativos ou criativos de redes sociais.
Aplicações em diferentes materiais


Mostre como a identidade da marca deve ser aplicada em contextos diversos: papelaria, embalagem, redes sociais, apresentações, anúncios, uniformes, brindes e por aí vai.
Vale usar mockups e exemplos reais, sempre destacando o que é visualmente aceitável e o que pode virar meme (pelas razões erradas).
Mascote, avatar ou personagem da marca
Se a marca tem um mascote, avatar ou personagem simbólico (tipo a Lu, da Magalu), é fundamental incluir diretrizes de uso, estilo visual, contexto de aparição e até falas típicas (se houver).
Porta-voz
Quem fala oficialmente pela marca? Seja uma pessoa física, avatar ou um time, vale explicar o papel do porta-voz, tom adotado em aparições públicas e como ele se conecta com a imagem institucional.
“O que não somos / não fazemos”
Esse item é o escudo do brandbook. Ajuda a evitar ruídos de imagem e comunicação.
Liste atitudes, valores ou posicionamentos que a marca não adota. É o jeito mais direto de manter os limites bem claros.
Papelaria e mídia offline

Nem só de pixels vive uma marca! A comunicação também acontece fora das telas. Nesses momentos, o brandbook continua sendo o guia para manter tudo alinhado.
Aqui entram exemplos de como aplicar a identidade visual em papel timbrado, cartões de visita, envelopes, crachás, brindes, uniformes, folders, faixas, outdoors, placas e até em materiais de ponto de venda.
Vale destacar proporções, margens de segurança, uso de logotipo e elementos gráficos nesses materiais. E, claro, mostrar como manter a consistência mesmo nos impressos, porque um banner desalinhado pode causar tanta confusão quanto um post mal diagramado.
Como criar um brandbook?
Criar um brandbook pode até parecer coisa de marca gigante, mas a real é que qualquer negócio pode (e deve) ter o seu.
A chave está em transformar esse processo em etapas práticas e bem estruturadas.
A seguir, conheça um passo a passo para criar o seu.
1. Coleta de informações essenciais
Antes de sair montando slides coloridos e escolhendo fontes, é preciso parar e organizar o básico:
- Qual é a história da marca?
- Qual a missão, visão e valores?
- Quem é o público-alvo?
- Quais são os diferenciais do negócio?
Essa fase é quase um “intensivão de autoconhecimento” da marca. Quanto mais sincero, melhor.
2. Reunião com as áreas responsáveis
Agora é hora de envolver os times que fazem a marca acontecer: marketing, branding, design, produto e até atendimento.
sso evita aquele clássico cenário em que o brandbook nasce lindo… mas ninguém usa porque não se reconhece nele.
Cada área pode contribuir com insights valiosos sobre tom de voz, comportamento do público, uso da identidade visual e necessidades reais no dia a dia.
3. Definição da personalidade da marca
Nesta etapa, você estrutura quem é a marca por dentro e por fora:
- Brand Persona: como ela se comporta, se comunica, que tipo de linguagem usa;
- Tom de voz: divertido? Inspirador? Direto ao ponto? E o que ela nunca diz?
- Porta-voz e mascote (se tiver): quem representa a marca? Como? Quando aparece?
Essa parte garante que a marca tenha um “jeito de ser” claro, consistente e replicável por toda a equipe.
4. Construção da identidade visual
Com a personalidade definida, é hora de vestir a marca! Aqui entram os elementos visuais:
- Logotipo e variações;
- Guia de cores;
- Tipografia;
- Grafismos e ícones;
- Padrões fotográficos;
- Aplicações (em redes sociais, embalagens, peças gráficas etc.);
- “O que não fazer”: usos incorretos da identidade.
Essa parte pode ser feita em conjunto com o time de design ou com uma agência parceira.
5. Organização das diretrizes em um documento
Agora sim, chegou a hora de montar o brandbook em si. Nada de deixar tudo solto em e-mails ou planilhas perdidas!
Você pode criar um PDF estilizado, um site interno da empresa ou até um Notion organizadinho.
O formato depende do perfil da sua equipe, mas o importante é que seja fácil de acessar e de consultar.
6. Validação com as lideranças
Antes de colocar o brandbook em circulação, mostre o resultado para as lideranças e outras áreas envolvidas. Isso evita retrabalho e garante o apoio interno na implementação.
Aproveite esse momento para colher feedbacks e fazer os últimos ajustes.
7. Divulgação e treinamento
Com o brandbook pronto e validado, é hora de apresentar oficialmente ao time!
- Faça uma reunião de lançamento;
- Prepare um guia rápido para uso no dia a dia;
- Ofereça treinamentos para equipes que atuam diretamente com comunicação e marca.
Quanto mais a equipe entende e internaliza o brandbook, mais ele cumpre sua função: manter a marca alinhada em todos os pontos de contato.
Se você chegou até aqui, já entendeu que o brandbook é muito mais do que um manual com logos bonitinhos.
Ele é o GPS da sua marca, o escudo contra as decisões aleatórias e o manual de instruções para construir uma presença sólida, coerente e reconhecível — em qualquer canal, com qualquer pessoa da equipe.
Marcas que documentam sua identidade não só economizam tempo (e dor de cabeça), como também criam conexões mais autênticas com o público, mantêm a consistência nas campanhas e evitam que aquele post fuja do tom e vire meme (do tipo ruim).
Se você quer levar isso pro digital com mais organização, consistência e agilidade, a mLabs pode te ajudar!
Com a nossa plataforma, dá pra agendar posts com antecedência, colaborar com a equipe, padronizar sua comunicação e ainda manter tudo alinhado com o que está no seu brandbook.
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