74% das empresas realizam algum tipo de análise da concorrência ao menos uma vez por ano, segundo um levantamento da Marketing Insider Groups.
Para muitas dessas empresas, analisar concorrentes está no calendário tanto quanto revisar o orçamento ou planejar campanhas sazonais. É algo que aparece em reuniões de diretoria, relatórios de marketing e até nas conversas de produto.
Se você quer entender como aplicar isso, confira o guia que a mLabs preparou! E torne a análise de concorrência uma das partes mais poderosas do seu marketing.
O que (realmente) é análise de concorrentes?
Análise de concorrentes é um estudo para identificar os pontos fortes e fracos de outras empresas que disputam o mesmo mercado que você.
Entram nessa análise tanto os concorrentes diretos (oferta semelhante para o mesmo público) quanto os concorrentes indiretos (resolvem a mesma dor por outra via) e os substitutos (empresas que oferecem soluções alternativas que o cliente pode comparar).
Os critérios mais comuns usados em uma análise de concorrência são:
- Posicionamento de marca;
- Estratégia de preços;
- Mix de produtos ou serviços;
- Estrutura do atendimento e suporte ao cliente;
- Reputação junto ao público;
- Estilo de linguagem em peças de marketing.
É muito comum que exista também um tipo de análise de concorrência dedicada exclusivamente às redes sociais.
Considerando que as redes são um dos palcos de disputa pela atenção do consumidor, muitas marcas já estão usando ferramentas para monitorar as métricas que ajudam a identificar os pontos fortes e pontos fracos de perfis concorrentes.
Para que serve a análise de concorrentes?
A análise de concorrentes, quando vira hábito, acaba servindo para três coisas:
Prever os próximos passos do mercado antes da concorrência
A antecipação de movimentos nada mais é que identificar tendências antes que elas gerem impactos negativos no seu negócio. É uma vantagem competitiva que, na prática, só é possível com uma análise de concorrência.
90% das empresas da Fortune 500 usam boas práticas de inteligência competitiva (“competitive intelligence”) para ganhar vantagem no seu mercado, segundo levantamento da Evalueserve.
E mais de 73% das corporações dedicam cerca de 20% do orçamento de tecnologia a pesquisas e analytics de dados para tomar decisões mais informadas.
Os dados mostram uma coisa: antecipar tendências e preparar respostas é uma prática reconhecida nas empresas mais competitivas do mundo.
Identificar as brechas que podem virar diferenciais de mercado
Por que algumas marcas cobram mais e, mesmo assim, ganham clientes? O “segredo” está na capacidade de se diferenciar, e a análise de concorrentes mostra onde isso é possível.
Se você identificar falhas de mercado, tem chance de ocupar esse espaço com algo melhor.
Um estudo envolvendo marcas de bens de consumo analisou mais de 735 marcas e identificou que 1) diferenciação de produto, 2) capital de marca (“brand equity”) e 3) investimento em marketing estão fortemente associados ao poder de precificação das marcas. Ou seja: quem diferencia bem pode cobrar mais.
Transformar dados de mercado em decisões de negócio
Você confia em decisões apenas no “achismo”? Muitas marcas ainda fazem isso, mas as que usam análise de concorrentes estão saindo na frente.
O McKinsey publicou dados mostrando que empresas que usam analytics de cliente de forma intensiva têm 45% de chance de alcançar retorno sobre investimento (ROI) superior ao dos concorrentes, comparado a apenas 18% para aquelas que usam analytics esporádica ou superficialmente.
Também foi observado que essas empresas são 23 vezes mais propensas a superar concorrentes em aquisição de novos clientes e 9 vezes mais propensas a liderar em fidelização de clientes.
Em quais canais a análise de concorrentes pode ser aplicada?
A análise de concorrentes pode (e deve) ser aplicada em diferentes canais para oferecer uma visão completa do mercado:
Mídias sociais
Instagram, Facebook, TikTok, LinkedIn e até YouTube podem ser usados para acompanhar métricas da concorrência como: frequência de postagens, engajamento real e o tipo de conteúdo que gera mais interação com o público.
Sites e blogs
Páginas institucionais, e-commerces e conteúdos de blog ajudam a entender proposta de valor, estrutura dos funis de venda e quanto concorrentes investem para atrair tráfego.
Anúncios pagos
Bibliotecas de anúncios em plataformas como Google e Meta revelam quais campanhas estão ativas, a linguagem usada e até a intensidade do investimento publicitário.
E-mail marketing
O envio de newsletters e fluxos automatizados mostra como os concorrentes nutrem seus leads, quais ofertas destacam e a cadência de comunicação com a base.
Presença offline
Feiras, eventos, pontos de venda físicos e outdoors são canais importantes para observar como uma marca aparece fora do digital. Nesse caso, a análise é mais limitada, já que não há como medir com exatidão ou em tempo real o impacto de cada ação.
Quais são os tipos de análise de concorrentes?
Tentar avaliar todos os aspectos da concorrência de uma só vez gera uma sobrecarga de informações difícil de organizar e, muitas vezes, pouco útil para a tomada de decisão.
É por isso que esse processo costuma ser dividido em diferentes tipos de análise:
Análise de performance
A análise de performance é o estudo dos resultados mensuráveis que uma marca alcança em seus canais digitais. A ideia é fazer uma leitura de métricas como alcance, engajamento, tráfego e conversão para avaliar a força real das campanhas.
Alguns exemplos de análise de performance:
- Observar o Instagram de uma marca de moda e constatar que seus Reels no Instagram alcançam em média 50 mil visualizações, e posts estáticos não passam de 5 mil;
- Identificar que um e-commerce concorrente obtém 70% do tráfego via Google Ads, e o tráfego orgânico responde por apenas 15%.
Análise estética
A análise estética é a observação da identidade visual e da consistência dos elementos gráficos de uma marca. É o momento de avaliar cores, tipografia, qualidade de imagens, formatos criativos e a coerência na aplicação desse padrão em diferentes canais.
Veja o caso do Nubank, que se consolidou com a cor roxa e um design minimalista, em contraste com bancos tradicionais como Bradesco e Itaú, que mantêm uma estética mais formal.
Uma análise estética mostra como escolhas visuais posicionam determinada marca de forma distinta e influenciam a percepção sobre ela.
Análise comercial
A análise comercial é o exame dos fatores ligados diretamente à venda de produtos ou serviços. O objetivo aqui é mapear preços, promoções, condições de pagamento, prazos de entrega e diferenciais competitivos.
Um restaurante pode identificar que o concorrente direto oferece combos no iFood por R$ 29,90 com frete grátis no almoço, e seu ticket médio é de R$ 45.
Os dados dessa análise ajudam a empresa a recalibrar preços, criar pacotes promocionais ou apostar benefícios exclusivos que aumentem a atratividade.
Análise de conteúdo
A análise de conteúdo é o estudo da forma como os concorrentes produzem e distribuem informações nos canais digitais. Ela observa:
- Estilo de linguagem;
- Temas abordados;
- Formatos (texto, imagem, vídeo etc);
- Frequência das publicações.
Tudo isso pode ser a base de estratégias para criar um calendário editorial e ocupar espaços ainda pouco explorados.
Análise de atendimento e relacionamento
A análise de atendimento e relacionamento avalia como os concorrentes se comunicam com clientes em diferentes pontos de contato, desde o pré-venda até o suporte e o pós-venda. Isso inclui:
- Velocidade de resposta;
- Clareza da comunicação;
- Eficácia na resolução de problemas.
As informações obtidas com a análise de atendimento ajudam a identificar padrões de excelência ou de falha e, a partir disso, redesenhar processos.
Análise de posicionamento de marca
A análise de posicionamento de marca é o estudo de como uma empresa se apresenta e é percebida no mercado em termos de valores, tom de voz e reputação.
O objetivo é avaliar a coerência entre discurso e prática, além de mapear como o público diferencia a marca em relação aos concorrentes. As métricas mais usadas aqui são:
- Índices de reconhecimento de marca (brand awareness);
- Métricas de percepção qualitativa coletadas em pesquisas de opinião;
- Net Promoter Score (NPS) para medir lealdade e comparações de share of mind (posição ocupada na lembrança dos consumidores).
Análise de sentimentos
A análise de sentimentos mede a percepção pública sobre uma marca em menções espontâneas e conversas digitais, focando na proporção entre avaliações positivas, negativas e neutras. As principais métricas são:
- Share of Voice (participação percentual da marca nas conversas em comparação com concorrentes);
- Índice de saudabilidade da marca (brand health index);
- Variação de sentimento por período (picos de menções negativas em crises, por exemplo);
- Volume total de menções por canal.
Como fazer uma análise de concorrentes?
Existem muitas formas de analisar concorrentes, mas aqui vai o jeito profissional que as maiores empresas usam:
Identifique quem realmente disputa espaço com a sua empresa
A concorrência não é formada por todas as empresas do setor, mas apenas pelas que disputam de fato a atenção do seu público.
Imagine que sua empresa atue em uma cidade com 15 concorrentes de delivery. Desses, apenas 5 são concorrentes diretos que oferecem o mesmo produto para o mesmo público.
Ao reduzir o foco de 15 para 5 concorrentes prioritários, você evita gastar energia comparando empresas que não têm impacto real sobre a decisão do consumidor.
Compare os melhores e os piores conteúdos
Uma forma direta e acessível de começar a análise de concorrência é observar o que já está visível para todo mundo: os conteúdos publicados nas redes sociais.
Os posts são a vitrine de qualquer marca nas redes sociais e carregam muitos sinais sobre o que funciona e o que não funciona com determinado público.
Seguindo a recomendação do Rafael Kiso, CMO e fundador da mLabs, um bom exercício é comparar os 5 posts de melhor desempenho do seu perfil com os 5 posts de maior sucesso dos concorrentes. Você pode se perguntar:
- Qual a diferença entre eles?
- No gancho da legenda, que prende mais a atenção?
- No tema, que conversa melhor com dores reais da audiência?
Os padrões começam a aparecer quando você olha de forma estruturada e mostram o que pode ser adaptado ao seu próprio conteúdo.
Mas os acertos não contam a história inteira. Observe também os 5 piores posts dos concorrentes. Se uma série de publicações com um certo tema ou formato não engajou, há grande chance de que isso também não traga resultado para você.
Levante informações para uma análise mais profunda
À primeira vista, é comum pensar que basta “dar uma olhada” nas redes sociais ou no site do concorrente para saber o que ele está fazendo. Mas, quando se sistematiza essa observação, percebe-se a riqueza dos dados que podem ser coletados.
Se você decidir acompanhar 5 empresas, pode registrar métricas de redes sociais como:
- Número de seguidores (exemplo: 20 mil, 50 mil, 120 mil);
- Engajamento médio por post (1%, 3%, 5%);
- Frequência de publicações (de 3 posts semanais a 2 posts por dia).
Nos sites, pode-se medir tráfego estimado (exemplo: 10 mil acessos/mês em um concorrente contra 200 mil em outro) e tempo médio de carregamento (2 segundos versus 7 segundos). Esse tipo de comparação deixa claro onde há lacunas e padrões a seguir.
Interprete dados em vez de acumular números
Ter planilhas com dezenas de números não adianta se eles não forem traduzidos em insights. Se três concorrentes, por exemplo, publicam 10 vezes por semana mas têm engajamento médio de apenas 1%, e outro concorrente posta só 3 vezes mas alcança 6% de engajamento, isso revela que qualidade pode estar pesando mais que volume.
O mesmo vale para preços: cobrar 20% menos pode atrair clientes, mas se o índice de avaliações negativas chega a 40%, a estratégia pode ser insustentável. É a interpretação que transforma dados em insights aplicáveis.
Reconheça os limites e use uma ferramenta de apoio
Quando a análise de concorrentes depende do monitoramento e do estudo de muitos dados, fazer tudo manualmente se torna inviável.
Imagine monitorar 5 concorrentes ativos em diferentes plataformas (Instagram, Facebook, TikTok, LinkedIn e YouTube). Se você observar apenas 5 métricas em cada rede (como número de seguidores, frequência de postagens, taxa de engajamento, visualizações médias e interações por publicação), já são 25 métricas por concorrente.
Multiplicando isso por 5 concorrentes, o resultado é 125 pontos de dados para cada ciclo de análise. Se essa atualização for semanal, em apenas três meses você terá gerado mais de 1.500 informações para organizar, comparar e interpretar.
Nesse caso, é natural que a análise manual se torne limitada e sujeita a erros. Por isso, contar com apoio tecnológico faz toda a diferença.
A ferramenta gratuita de análise de concorrência da mLabs foi criada justamente para simplificar esse processo: ela centraliza dados de múltiplas redes sociais, gera comparações automáticas e permite acompanhar as mudanças em tempo real.
Sua equipe deixa de depender de planilhas manuais e ganha velocidade para identificar padrões, antecipar movimentos e tomar decisões mais seguras.
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