YouTube é a plataforma com maior número de usuários brasileiros dentre todas as plataformas de mídias sociais.
No entanto, mesmo reunindo formatos que atendem diferentes intenções de consumo e sendo a rede social mais usada do Brasil, o YouTube ainda é tratado como canal secundário por muitas marcas.
Nesta edição, vamos explorar a importância desse canal na sua estratégia digital.
Afinal, vale a pena criar conteúdo para o YouTube?

54% das pessoas acreditam que marcas e empresas devem estar no YouTube para promover seus produtos ou serviços. Isso mostra que o público espera encontrar negócios por lá, não por acaso, mas porque está em busca ativa de informação antes de decidir.
Quando estão em dúvida sobre uma compra, 56% procuram por reviews no YouTube. Diferente das redes de consumo rápido, aqui a atenção é qualificada. O usuário chega com intenção de entender, comparar e escolher com mais segurança.
Por que as pessoas assistem vídeos no YouTube?
Vamos aos dados:

Aprender está no topo da lista, com 56% das pessoas buscando vídeos que agreguem conhecimento. Isso reforça o papel do YouTube como plataforma de descoberta e construção de autoridade, não apenas como canal de entretenimento.
Diante desse cenário, vale refletir: será que o consumo por aprendizado também se estende aos Shorts? Com a entrega rápida e dinâmica, esse formato pode ser uma boa porta de entrada para educar e gerar recorrência de visualização.
Independentemente do formato, se o seu vídeo resolve uma dúvida real do público, ele tende a ter mais desempenho no orgânico e ser salvo com frequência. Um tutorial direto ao ponto pode gerar mais resultado do que um vídeo institucional altamente produzido.
Além do aprendizado, distração e diversão também estão entre os principais motivos de acesso. Isso abre espaço para conteúdos que mesclam informação e entretenimento, o famoso infotenimento, ideal para aumentar retenção sem perder profundidade.
Como manter a atenção das pessoas em vídeos no YouTube?
No YouTube, onde o consumo costuma ser mais longo, uma entrega técnica bem feita mostra profissionalismo e ajuda a manter a audiência até o fim.

Qualidade de vídeo e som aparece como o principal fator, com 32% das respostas.
O título vem logo em seguida, com 31%. Ele funciona como a promessa do vídeo. Se entrega o que promete, mantém o interesse. Se é vago ou exagerado, quebra a confiança e leva ao abandono antes da metade.
A thumbnail, apesar de seu papel forte no clique, também influencia na retenção quando reforça visualmente a narrativa. Criadores experientes usam imagens que mantêm a expectativa viva e sustentam a curiosidade ao longo do vídeo.
Capítulos e descrição ainda são subestimados, mas têm papel ativo na retenção. Capítulos funcionam como subtítulos dentro do vídeo, guiando o usuário pelos temas e mantendo a curiosidade sobre o que vem a seguir.
Manter a atenção no YouTube não é sobre segurar o espectador por sorte, mas por estrutura. Quando promessa, forma e experiência estão alinhadas, cada vídeo se transforma em um ativo que educa, engaja e constrói autoridade.
Vale a pena investir em conteúdo para YouTube Shorts?
O Shorts é o atalho para conquistar novos públicos e atrair inscritos para o canal principal. Com 55% dos usuários já acessando esse formato, ele faz parte da jornada de consumo digital e pode funcionar como porta de entrada para quem ainda não conhece seu conteúdo.

E mais: diferente do Reels e do TikTok, o Shorts tem vida útil estendida por causa do SEO do YouTube. Seu conteúdo pode continuar sendo descoberto dias, semanas ou até meses depois da publicação. É tráfego constante com esforço pontual.
Para quem sente que não tem tempo para criar vídeos longos, o Shorts é uma forma prática de manter presença e construir percepção de valor. Funciona como um ponto de entrada estratégico no funil da plataforma.
Apesar de o uso ainda ser voltado para entretenimento e criadores já seguidos, 27% dos usuários já consomem vídeos de marcas. Isso mostra que há espaço para empresas que entregam valor rápido, com clareza e frequência.
Além disso, 32% assistem a notícias no Shorts. Marcas que conseguem traduzir conteúdo informativo em vídeos curtos têm mais chances de gerar recorrência e relevância, principalmente se pensarem no conteúdo como utilidade e não apenas presença.
O Shorts não é só um formato complementar. É uma alavanca para descoberta, construção de marca e tráfego qualificado.
E anunciar no YouTube, vale a pena?
Os dados mostram que vale, mas tem que saber usar bem os posicionamentos.

63% só clicam se o anúncio resolve um problema real, no momento certo. Por isso, anunciar nos resultados de busca dentro do YouTube com algum vídeo de conteúdo é melhor.
Ou seja, o anúncio “pulável” é menos eficaz, mas serve para quem foca em aumentar a força de marca.
Para quem busca aumentar a consideração, se posicionando como autoridade, crie vídeos com títulos diretos que respondem uma pergunta. Se o seu título for direto (31%) e tiver alguém de autoridade (29%), o clique vem por intenção, não por distração.
💡Invista em SEO no YouTube Ads. Teste variações de palavras-chave nos títulos, use problemas reais como gancho e apareça como resposta antes mesmo do seu concorrente.
Com base nos dados, percebemos que o problema não é a plataforma, mas a falta de prioridade que ela recebe nas estratégias de conteúdo.
Tratar o YouTube apenas como vitrine é desperdiçar um dos canais mais valiosos da fase de consideração. É lá que grande parte do público busca profundidade, credibilidade e comprovação antes de decidir.
Marcas que entendem esse papel transformam conteúdo em influência real na jornada de compra.
💬 Como você tem usado o YouTube na sua estratégia digital?
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