Muitas notícias surgem, a todo momento, em torno do novo Coronavírus e seu impacto no mundo.
Entre as reais e as fake news, esse guia COVID-19 para negócios aborda as principais informações sobre o reflexo da doença na vida pessoal e profissional da população.
Afinal, em pouco tempo a disseminação do vírus causou danos significativos não só na saúde, mas também na economia mundial. Fronteiras vêm sendo fechadas em todos os sentidos, deixando empresas de diferentes portes e segmentos sem saber como agir.
Segundo a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), perante a crise, a economia global apresenta uma previsão de crescer na taxa mais baixa desde 2009.

Imagem disponibilizada pela BBC – British Broadcasting Corporation.
Até o momento, a Organização prevê um crescimento global de 2,4% em 2020, e essa taxa ainda pode chegar a 1,5%, caso a pandemia se intensifique. Antes do surto do Coronavírus, em novembro de 2019, a previsão de crescimento era de 2,9%.
Com isso, tendo a segurança e a saúde da população como prioridade, as empresas se veem pressionadas a reestruturações urgentes, atuando no gerenciamento da crise para encontrar alternativas de sobrevivência no mercado.
Nesse momento, mais do que nunca, investir em estratégias digitais é uma oportunidade para muitos negócios manterem a produtividade.
O uso das redes sociais, aplicativos de delivery, plataformas de vendas online, dentre outros recursos tecnológicos, deixam de ser ideais e se tornam indispensáveis para as empresas.
Para se ter uma ideia, de acordo com a Ebit – Nielsen Company, empresa de mensuração e análise de dados, desde março de 2020 o comércio eletrônico apresenta um crescimento acima da média em relação aos novos consumidores.

Imagem disponibilizada pela Ebit – Nielsen Company.
Com o aparecimento dos primeiros casos da COVID-19, algumas categorias ganharam destaque nas vendas, como:
- itens de higiene pessoal;
- materiais de limpeza caseira;
- produtos para Bebê;
- mantimentos em geral.
Esses dados mostram indícios que devemos nos preparar para um mundo pós-pandemia diferente do que vivemos hoje, e que é possível enxergar a crise como uma oportunidade para reinventar modelos de negócio, gerar credibilidade e ganhar a confiança de clientes, parceiros e comunidade!
A visão do consumidor e os impactos do Covid-19 na indústria
Com cidades sob quarentena, fábricas em paralisação, férias antecipadas, população reclusa e muitos profissionais trabalhando “home office”, começaram a surgir algumas mudanças no comportamento dos consumidores.
Uma pesquisa divulgada pelo Facebook aponta que as principais preocupações das pessoas com relação à pandemia COVID-19 são:
- ficar sem itens essenciais, levando-as a fazer compras por emergência (30%) ;
- perder o emprego devido à gravidade da crise econômica(34%);
- ficar doentes pela contaminação do vírus (46%);
- ter mais planejamento financeiro e mais segurança para o futuro (60%).
Embora seja muito cedo para prever todas as consequências dessa crise e suas implicações em longo prazo, o impacto em relação aos negócios já é nítido.
De acordo com a própria pesquisa do Facebook, aliada a análise dos dados constatados em outros países que estão com a disseminação do Coronavírus alguns dias à frente do Brasil, esse impacto pode variar de acordo com o porte, nicho, peso e influência da empresa no mercado.
No varejo, por exemplo, houve o aumento de 12% nas vendas de alimentos e suprimentos das lojas físicas da Itália, mesmo com 35% da população tendo reduzido o tempo fora de casa. Além dos italianos, 34% dos consumidores britânicos passaram a armazenar comida e suprimentos.
Com isso, o comércio eletrônico teve aumento de 81% na categoria de alimentos e suprimentos, o que triplicou as vendas online dos supermercados da Europa.
As mudanças também apareceram na indústria de Bens de Consumo. 35% dos britânicos afirmaram melhorar os hábitos de higiene pessoal para combater o vírus, o que levou ao aumento de mais de 225% nas vendas de produtos para proteção das mãos (álcool em gel e desinfetantes).
Já a indústria de Viagem e Turismo vem sofrendo impactos negativos. A redução de 13,5% do tráfego aéreo na Europa representa um impacto de U$ 29.3 bilhões na receita das companhias aéreas ainda em 2020.
Houve diminuição das vendas também no setor automotivo. Na Europa Ocidental, a redução na venda de carros chegou a 7% em fevereiro 2020. Na Itália a perda foi ainda maior que o consolidado no continente, chegando a 9%. Já na China, as vendas de carros despencaram 92% durante a primeira metade do mesmo mês.
No que diz respeito aos negócios online, os produtos e serviços que atuam também em ambiente digital vão sofrer menos impacto nas vendas Em alguns casos é estimado, inclusive, um incremento.
Vale lembrar que essa condição de crescimento nas vendas, quando se trata de produtos, depende também de outras variáveis. Afinal, os e-commerces dependem das fábricas e da logística em atividade para manter seus estoques completos.
Agências, profissionais freelancers e consultores também estão enfrentando desafios em resposta à quarentena. Devido aos impactos no setor secundário, essa classe de profissionais trabalha com a incerteza sobre seus clientes e contratos.
Como a mLabs contribuirá nesse momento
A mLabs, ferramenta brasileira de gestão de redes sociais líder de mercado, foi criada com o propósito de ajudar agências, profissionais liberais, micro, pequenas e médias empresas a ampliarem suas possibilidades de comunicação, relacionamento e, consequentemente, de vendas.
Somos uma plataforma de impacto social e inclusão digital. Por isso, nesse momento de incertezas, não poderíamos nos omitir.
Temos muita convicção da importância das redes sociais para os negócios e, do pouco que sabemos, uma das certezas é que essa será uma situação economicamente delicada para todos.
Em momentos como esse, não podemos parar!
Os investimentos, sejam de tempo ou dinheiro, devem ser mantidos e até mesmo intensificados; um olhar de oportunidades deve substituir o de problemas; e o jeitinho criativo do brasileiro será o grande diferencial para sairmos bem dessa.
Nós queremos ajudar a todos!
Por isso, disponibilizamos benefícios que contribuirão para que todas as marcas, independentemente do porte ou nicho de mercado, consigam manter um bom gerenciamento de suas rede sociais durante a pandemia COVID-19:
Durante a quarentena, liberamos um perfil grátis na plataforma para todas as marcas que ainda não são assinantes.
Um benefício que já era disponibilizado para ONGs e entidades do bem (sem fins lucrativos), agora passa a ser ampliado para todos os novos usuários durante a quarentena.
Já é cliente mLabs?
Além de pensar nos novatos, disponibilizamos também um pacote de benefícios para clientes atuais:
- migramos mais de 30 mil assinantes do plano básico para o completo;
- concedemos uma extensão de 30 dias para clientes do plano completo sem custos adicionais.
Desta forma, os assinantes do plano básico terão acesso a recursos como o workflow para gestão de demandas e aprovação de posts, poderão gerar relatórios de performance nas redes sociais e acessarão funcionalidades para interação com seguidores.
Já os clientes do plano completo serão recompensados por um mês que tiveram sua capacidade produtiva reduzida.
Nós acreditamos que agora, mais do que nunca, os pequenos negócios precisam fortalecer sua presença digital para sobreviverem. Com essa ação, esperamos que todos possam se conectar ainda mais com seus clientes através das redes sociais, além de implementar estratégias que os façam colher frutos no presente e no futuro.
O posicionamento das marcas nas redes sociais e seu impacto
Diante da realidade do COVID-19, diversas empresas já estão investindo em ações de Branding para se posicionar e conscientizar a população.
Esse posicionamento da marca perante a crise reflete diretamente na maneira como os consumidores a enxergam e consomem seus produtos.
Para se ter ideia, 69% dos brasileiros realizam compras com base no posicionamento das empresas sobre questões sociais, segundo pesquisa da Edelman Earned Brand 2018.
Um bom exemplo de marca que usou as redes sociais para se manifestar sobre o novo Coronavírus no Brasil é o Burger King.
A rede de restaurantes informou que vai doar parte da receita líquida, de qualquer sanduíche vendido no período de 16 de março até o final do mês para o SUS (Sistema Único de Saúde). A expectativa é que esse valor supere R$ 1 milhão.
A Ambev também se posicionou referente a pandemia.
A cervejaria brasileira anunciou pelas redes sociais que vai transformar o álcool de suas bebidas em álcool em gel, doando 500 mil unidades para hospitais públicos das cidades mais atingidas pelo Coronavírus.
A marca utilizou a hashtag #AlémDosRótulos em sua campanha para reforçar o seu posicionamento.
Agora, se você acha que é preciso ter um grande orçamento para trabalhar o posicionamento de uma marca nas redes sociais em situações como essa, você está enganado. Nem todas as ações envolvem investimento financeiro.
O Mercado Livre, por exemplo, realizou uma ação simples e criativa que demonstrou a sua preocupação com os casos de COVID-19 sem injetar muita grana.
A marca alterou o ícone de sua logo. Substituiu o tradicional aperto de mãos por um toque de cotovelos, desta forma, fazendo um apelo à diminuição de contato físico para prevenção da doença.
Além disso, a empresa criou um painel com as principais dúvidas dos consumidores sobre o que fazer ao receber uma entrega. Ao associar a situação à sua realidade, ela desmistifica possíveis receios que possam vir a impactar seu negócio: as compras online.
Casos como o do Burger King, Ambev e Mercado Livre causaram grande repercussão e tiveram resultados positivos, fortalecendo a marca no mercado.
Porém, nem todas as ações de Branding geram a percepção esperada. É preciso se planejar estrategicamente antes de se posicionar nas redes sociais para não gerar impactos negativos.
O Shopping Pátio Belém, por exemplo, gerou revolta na Internet ao publicar nas redes sociais a foto de uma de suas funcionárias, idosa, esterilizando um elevador.
A intenção era mostrar as iniciativas de prevenção da empresa contra o Coronavírus. Porém, ao usar uma pessoa pertencente ao grupo de risco, a postagem teve repercussão negativa.
O que as pessoas precisam agora
Entre erros e acertos, antes de definir o posicionamento da marca e iniciar suas publicações, é importante que você tenha conhecimento sobre o que as pessoas estão procurando nas redes sociais com relação ao assunto. Algumas dicas:
- informações concisas e seguras;
- serviço de atendimento ao consumidor;
- distração e leveza;
- comunidade (relacionamento) e positividade.
Você não precisa seguir todas à risca, é claro. Porém, deve usá-las como norte para direcionar a produção de conteúdo da marca nesse cenário.
Guia COVID-19 para negócios: como usar as redes sociais para transformar a crise em oportunidade
As redes sociais são ferramentas poderosas para ajudar empresas a virar a chave e transformar crise em oportunidade. Se você já tinha planejado seus objetivos, metas e ações para o próximo trimestre, assim como tudo em seu negócio, precisará reavaliar.
As campanhas de marketing pré-planejadas podem ser melhor utilizadas em outro momento ou adaptadas ao atual.
O ideal agora é repensar o seu conteúdo para as redes sociais, identificar oportunidades e, se preciso, adaptá-lo para as novas necessidades dos consumidores.

Mantenha as publicações ativas
Se você considerou algum corte na verba ou nos esforços de marketing, nossa primeira recomendação é que você mude de ideia.
Tempos de crise exigem aumento nos esforços de divulgação, fazendo com que o seu negócio seja lembrado no momento certo: o da necessidade dos seus clientes.
Intercalar publicações situacionais, como as sugestões que trouxemos, com as de produto é importante. O momento é mais de apoio do que querer vender a todo custo.
Seja gentil. Estamos todos no mesmo barco!
Caso, ainda assim, você esteja considerando pausar os esforços de marketing digital da marca nas redes sociais, sugerimos considerar que:
- todo mundo continuará nas redes Inclusive, com maior frequência;
- as vendas online chegaram a aumentar 181% em algumas categorias, e as redes sociais são excelentes canais para impulsioná-las;
- o investimento para manter o perfil ativo será recompensado quando, no pós-quarentena, os seus clientes voltarem a procurar pela marca;
- se as publicações forem pausadas, o algoritmo da página será afetado, e quando for considerado retomar as atividades nela, o trabalho será mais árduo, intenso e, consequentemente, caro;
- estreitar o relacionamento com clientes, gerar credibilidade e aumentar o nível de confiabilidade deles em relação às marcas é muito mais fácil por esse canal.
Isso vale também para os clientes das agências, freelancers e consultores. Não poupe argumentos sobre os impactos negativos de “desativar” as contas, mesmo que pontualmente.
Explore novos formatos e modelos de negócio
Muitas marcas já perceberam a necessidade em adaptar seus negócios a novos modelos para atender seus consumidores em tempos de pandemia.
Empresas do ramo de suplementos e alimentação, por exemplo, tendem a sofrer com a redução do fluxo de clientes. Nesse caso, é possível considerar a possibilidade de se adaptar ao modelo Delivery: uma maneira mais segura de continuar oferecendo seus serviços.
Aqui, as redes sociais podem funcionar como canal de oferta (cardápio, por exemplo) e recepção de demanda (pedidos), caso não haja uma estrutura ou processo já montado.
O ponto positivo é que, além de manter a produtividade do negócio, ainda é possível validar um novo modelo que poderá ser evoluído como fontes de incremento de receita no pós-crise.
Também é possível, e recomendado, recorrer às empresas de entrega especializadas (aplicativos), que além de já disporem de um processo estruturado, já estão tomando medidas preventivas para que a operação prossiga sem problemas.
O Rappi já disponibilizou álcool em gel e máscaras para os seus entregadores. O iFood passou a oferecer serviços de entrega sem contato com o cliente — o usuário combina com o entregador pelo chat o local para deixar o pedido e o pagamento é feito exclusivamente via app.
Para quem trabalha no varejo, oferecer chamada via aplicativos audiovisuais para que os clientes possam examinar os produtos antes da compra é uma alternativa que ajuda muito na decisão de compra.
Também é possível incrementar o negócio com um Delivery de itens, por exemplo.
Com os dados do cliente e orientações de necessidades ou desejos, monte uma mala com opções e leve até a casa para que ele possa experimentar ou testar produtos. Os termos precisam ser avaliados, é claro, mas algumas empresas já atuam nesse modelo de negócio com sucesso.
Alguns segmentos estão aderindo às transmissões ao vivo nas redes sociais (lives) e em plataformas audiovisuais privadas.
É o caso de Escolas de idiomas, de dança, personal trainers e outros profissionais que podem utilizar os canais abertos para atrair futuros novos alunos e para continuarem com suas aulas a distância.
Além das alternativas acima, o WhatsApp Business é também uma ótima ferramenta para relacionar e realizar vendas a distância. A versão do aplicativo para empresas possui funcionalidades diferenciadas que facilitam a comunicação em massa e o fechamento de novos negócios.
O app também pode ser usado para promover o relacionamento entre comunidades. Uma escola infantil pode usar o recurso dos pais para fazer com que as crianças se comuniquem e não sintam tanto impacto neste período de afastamento.
Proporcione flexibilidade e proponha alternativas
Já as agências, freelas, consultores e prestadores de serviços em geral devem refletir sobre o planejamento para os próximos meses, já que as prioridades mudam nesse cenário.
As metas de aquisição de clientes, por exemplo, devem ser substituídas pela retenção e suporte a eles.
Nesse caso, adotar estratégias mais avançadas de marketing de relacionamento, como lives, Webinars, video calls é uma ótima saída para levar informações úteis e acalmar os clientes da base.
Dar dicas sobre como se portar nesse momento, usando as redes sociais da própria agência como canal, e incentivando a utilização desses canais pelos clientes é uma ótima forma de conseguir retê-lo
Associe as medidas estratégicas e a criatividade em encontrar alternativas às questões administrativas. Avaliar uma maior flexibilidade no pagamento do fee durante esse período, por exemplo, pode ajudar a não perder esse cliente.
Conclusão
Sabemos que uma crise global na dimensão do Coronavírus é desafiadora para muitas marcas, testando não apenas seus valores e compromissos, como também sua agilidade e criatividade.
Mas saiba que você não está sozinho!
Startups e grandes empresas estão disponibilizando soluções para apoiar empreendedores, como plataformas de gestão de redes sociais, cursos de capacitação e outros serviços gratuitos.
A Apponte.me, empresa de registro de ponto, por exemplo, está oferecendo seu serviço por 60 dias grátis, para ajudar as empresas a se adaptarem ao novo modelo de trabalho, o home office.
A Stone Pagamentos, disponibilizou R$ 100 milhões em microcrédito para as empresas do varejo localizadas em estados que determinaram medidas restritivas de contenção da pandemia.
Os bancos Santander e Brasil também anunciaram condições especiais em soluções financeiras para dar fôlego ao empreendedor, como a prorrogações de pagamentos das próximas duas parcelas de seus financiamentos.
Empresas como a Endeavor e o Sebrae estão fomentando iniciativas de apoio para auxiliar negócios. Além de iniciativas individuais de diversos profissionais e especialistas.
Aproveite todas as oportunidades para desenvolver habilidades que, provavelmente, não seriam exigidas de você no antigo cenário, antes da pandemia do Coronavírus.
E, lembre-se: mar calmo nunca fez bom marinheiro!