Como fazer uma análise SWOT nas redes sociais?

Com mais de 5,4 bilhões de usuários ativos globais segundo o Data Reportal, as redes sociais são o campo principal onde marcas disputam atenção, credibilidade e conversão. 

No Brasil, 64,6% da população segue pelo menos uma marca nas redes sociais, o que revela o grau de proximidade que o público busca com as empresas.

Se você não sabe como seus concorrentes estão se posicionando nas redes, está jogando no escuro enquanto eles já têm acesso a informações estratégicas.

E para quem acha que análise de concorrentes exige ferramenta paga ou equipe sofisticada, esse guia vai provar o contrário. Aqui você vai aprender gratuitamente como observar seus rivais digitais, extrair insights e usar isso para reconfigurar sua estratégia.

A análise SWOT é uma metodologia de diagnóstico estratégico desenvolvida nos anos 1960 em Stanford e ainda hoje considerada uma das ferramentas mais eficazes para avaliação de cenários das empresas.

O termo “SWOT” vem do inglês e significa Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). A ideia é simples: organizar esses quatro pontos em uma matriz para enxergar o que está funcionando bem, o que precisa melhorar e como fatores externos podem ajudar ou atrapalhar os resultados.

O funcionamento da matriz SWOT depende do cruzamento dos quadrantes, etapa conhecida como TOWS. A própria sigla vem da inversão de “SWOT” para reforçar a ideia de que não basta mapear, é preciso agir sobre os resultados. Nessa etapa, é possível:

• Usar forças para aproveitar oportunidades (SO).
• Reduzir fraquezas para não perder oportunidades (WO).
• Usar forças para enfrentar ameaças (ST).
• Criar planos defensivos para reduzir os impactos de fraquezas e ameaças (WT).

O uso desse cruzamento dá ao time de marketing e aos social medias a oportunidade de planejar a performance da marca, como reforça Rafael Kiso, CMO da mLabs:

“Essa é a principal análise em um diagnóstico para desenvolver um planejamento estratégico”.

A metodologia que nasceu no planejamento de grandes empresas hoje é aplicada por social medias e gestores de marketing. Quer descobrir como a análise SWOT pode mudar a forma de gerir sua marca nas redes? Confira os motivos abaixo.

É comum que profissionais de social media fiquem perdidos com relatórios cheios de números que parecem não conversar entre si. O problema não está nos dados, está em como eles são interpretados. 

A análise SWOT resolve essa questão por transformar métricas como alcance, engajamento ou taxa de conversão em fatores estratégicos. Os posts que performam bem passam a ser reconhecidos como forças, e a baixa frequência de publicação ou a falta de padronização visual aparecem como fraquezas que precisam de correção. 

O resultado é um diagnóstico que dá clareza ao trabalho do social media. Cada ação, a partir daí, pode ser planejada com foco em objetivos maiores.

Veja o depoimento de um profissional de marketing sobre uso do SWOT em post recente do Rafael Kiso:

As escolhas de linguagem, formatos e canais raramente são óbvias, e muitas marcas acabam decidindo com base em tentativa e erro. A análise SWOT ajuda a reduzir essa incerteza por direcionar o que deve ser priorizado no calendário de conteúdo e no posicionamento digital. 

Se a marca percebe que sua principal força é a criatividade em vídeos curtos, por exemplo, pode reforçar essa estratégia para consolidar autoridade. 

Uma fraqueza identificada, como baixa interação nos Stories, aponta para a necessidade de criar enquetes ou quadros de perguntas que aproximem a audiência. 

Com esse cruzamento de fatores, decisões que antes eram apenas intuitivas passam a ter base em dados e contexto.

As redes sociais são instáveis. Hoje, um formato pode gerar resultados excepcionais e amanhã perder totalmente o impacto. Muitos profissionais só reagem quando o problema já está acontecendo, mas a análise SWOT oferece a chance de antecipar cenários. 

Mapeando possíveis ameaças (como comentários negativos, crises de reputação ou mudanças nas regras de privacidade), a marca se prepara para agir rapidamente.

Da mesma forma, depois de enxergar oportunidades (como novas funcionalidades liberadas pelas plataformas) pode ser a primeira a explorar o recurso. 

O uso da matriz SWOT nas redes sociais permite classificar métricas da marca em:

As forças são os pontos internos que diferenciam a marca nas redes:

• Postagens com engajamento constante acima da média do setor;
• Comunidade ativa que interage com perguntas, enquetes ou comentários;
• Identidade visual padronizada e facilmente reconhecida;
• Conteúdo original que gera compartilhamentos e menções espontâneas;
• Agilidade nas respostas em mensagens diretas e comentários.

As fraquezas são os pontos internos que atrapalham o desempenho. Reconhecer esses aspectos evita que eles se tornem um peso cada vez maior para a marca.

• Calendário de postagens inconsistente, com longos intervalos sem publicações;
• Baixo desempenho em Stories, com menos de 5% dos seguidores acompanhando até o fim;
• Conteúdos pouco variados, dependendo quase sempre de posts estáticos em vez de vídeos ou carrosséis;
• Baixa taxa de resposta a comentários e directs, reduzindo a percepção de proximidade com a audiência;
• Estratégia pouco clara de funil: posts sem ligação entre topo, meio e fundo.

O mercado e o comportamento do público oferecem janelas de oportunidades que podem ser aproveitadas antes dos concorrentes. São os fatores externos que, se bem identificados, viram atalhos para acelerar resultados nas redes sociais. 

• Crescimento de uma nova rede social ou formato em alta (como TikTok ou Reels);
• Hashtags ou desafios virais alinhados ao perfil da marca;
• Mudanças no algoritmo que favorecem determinado tipo de conteúdo.
• Datas sazonais ou eventos que geram maior busca por seu nicho.
• Concorrentes com baixa atuação em uma rede que seu público já usa.

As ameaças também vêm de fora e exigem monitoramento para que não virem crises.

• Alterações no algoritmo do Instagram que reduzem drasticamente o alcance de posts orgânicos;
• Concorrentes diretos investindo alto em influenciadores do mesmo nicho;
• Aumento do custo por clique (CPC) em anúncios pagos, reduzindo a eficiência de campanhas;
• Comentários negativos virais em postagens, colocando em risco a reputação da marca;
• Saturação de determinados formatos, como sorteios ou reposts de trends já repetidos.

A matriz SWOT pode ser adaptada a diferentes contextos no digital. Veja como ela funciona na prática quando aplicada às redes sociais de uma marca, de uma marca pessoal e de uma agência.

Siga o passo a passo abaixo para mapear forças, fraquezas, oportunidades e ameaças da sua marca:

Comece contextualizando por que você vai analisar: sem um norte, a SWOT vira lista solta.

• Foque em 1–2 metas: p.ex., “aumentar leads via Instagram em 90 dias” ou “reduzir dependência de tráfego pago”;
• Delimite período (últimos 30/90 dias + mesma janela do ano anterior para sazonalidade);
• Liste perguntas-chave: “quais formatos tracionam?”, “onde perdemos conversão?”, “que riscos estão crescendo?”;
• Defina entregáveis: matriz preenchida, 3–5 apostas estratégicas, KPIs e responsáveis.

Agora, traga para a mesa o que está sob seu controle: performance e operação.

• Fontes: Instagram Insights/Meta Business Suite, TikTok Analytics, YouTube Studio, LinkedIn Analytics, X Analytics, GA4 (com UTMs), CRM e SAC/DM.
  Audiência: crescimento, origem, horários ativos, demografia.
• Conteúdo: ER por alcance, salvamentos/compartilhamentos, retenção de vídeo (3s/100%), completion rate de Stories, top 10 posts por objetivo.
• Tráfego e conversão: CTR de links, cliques em WhatsApp/bio, sessões e conversões por UTM, taxa de queda entre clique e ação.
• Atendimento: tempo e taxa de resposta no DM/comentários, temas mais frequentes (tagueie);
• Operação: cadência de posts, diversidade de formatos, tempo de produção, gargalos.

A ideia é ter uma visão do que é força (acima da média, repetível) e fraqueza (abaixo da meta, gargalo interno).

Olhe para fora para captar tendências, brechas e riscos emergentes.

• Quem comparar: 3–5 concorrentes diretos + 2–3 referências aspiracionais do nicho;
• Benchmark de conteúdo: formatos usados, frequência/consistência, temas que mais viralizam, CTAs;
• Desempenho visível: sinais de ER (comentários/compartilhamentos), crescimento aparente, ritmo de lives e collabs;
• Anúncios e criativos: Meta Ad Library/TikTok Creative Center para ver mensagens, ofertas e hooks que se repetem;
• Tendências e sazonalidade: hashtags, tópicos em alta, datas que elevam interesse do seu público;
• Custos e ambiente: variações de CPC/CPM, mudanças de política/algoritmo, novas features (ex.: canais no WhatsApp, Threads).
• Reputação: reviews, menções e crises recentes (Google/Instagram/TikTok; use alertas).

O objetivo é definir a oportunidade (janela favorável) e ameaça (fator externo que pode te afetar).

Com as descobertas, classifique com critério e priorize.

• Forças (internas): o que já gera vantagem. Ex.: “Reels com retenção >40%”, “tempo de resposta <2h”, “autoridade em reviews”.
• Fraquezas (internas): o que limita resultado. Ex.: “calendário irregular”, “dependência de ads para 70% do tráfego social”, “falta de UTMs”.
• Oportunidades (externas): vento a favor. Ex.: “crescimento de vídeos curtos no nicho”, “datas sazonais pouco disputadas”, “parcerias com creators de cauda longa”.
• Ameaças (externas): vento contra. Ex.: “CPC em alta no período”, “entrada de player com grande investimento”, “mudança de algoritmo que derruba alcance”.
• Priorize: dê nota (1–5) e peso para impacto/esforço; mantenha top 3 de cada quadrante.

Em seguida, chega a hora de converter os dados obtidos em um plano (TOWS). Veja como cruzar os quadrantes e definir novas ações:

• SO: usar força para capturar oportunidade (“escala Reels campeões + collab com 3 microinfluenciadores até M+1”);
• WO: corrigir fraqueza para aproveitar oportunidade (“padronizar UTMs e funil de links antes da Black Friday”);
• ST: usar força para conter ameaça (“duplicar formatos de alta retenção para compensar queda de alcance do feed”);
• WT: defesa mínima viável (“backup de mídia paga em canal alternativo; playbook de crise e resposta em 1h”).

Pronto: você sai com uma SWOT baseada em evidências e um roteiro de ações que conectam conteúdo, mídia e negócio.

Depois de classificar os dados na matriz SWOT, o passo lógico é convertê-los em movimento estratégico. 

• Defina objetivos táticos baseados nos quadrantes (ex.: ampliar reels de alto engajamento, testar novos canais);
• Priorize ações que tenham alto impacto e viabilidade (use matriz esforço × retorno);
• Atribua responsáveis, prazos e métricas de sucesso a cada ação;
• Monte um roadmap de execução sequencial, conectando ações entre quadrantes (exemplo: usar força para neutralizar ameaça);
• Como parte do acompanhamento, agende revisões quinzenais ou mensais para medir resultados e ajustar o plano.

Ao cruzar seus dados internos com o mercado, você ganha dimensão estratégica, e a mLabs oferece ferramentas poderosas para isso:

• A análise de concorrentes gratuita da mLabs permite comparar perfis (até 2 perfis no plano gratuito), revelando engajamento, posts mais eficazes, frequência e formatos utilizados por eles;
• Com o mLabs Analytics, você tem dashboards consolidados de performance orgânica e paga, além de relatórios customizados e históricos completos;
• Use os comparativos para detectar gaps estratégicos: formatos que seus concorrentes usam e você não; horários de postagem que você não explora; temas em alta que você ainda não testou;
• Combine os insights da própria SWOT com as métricas da mLabs para criar ações mais assertivas, e tenha bases para justificar decisões junto ao cliente ou à equipe.

Viu que você não precisa gastar nada para começar a enxergar sua concorrência? Com os recursos certos, é possível identificar pontos fortes, fraquezas e oportunidades no digital sem investir em ferramentas caras.

Faça seu cadastro gratuito na mLabs e teste a ferramenta de análise de concorrentes sem custo para descobrir como posicionar sua marca à frente.