Muito se fala sobre tendências em mídias sociais, mas nem sempre o foco está no que realmente orienta boas decisões.
Com tanta informação circulando, o desafio não é descobrir o que está em alta, mas entender o que, de fato, merece prioridade.
É nesse ponto que olhar para o planejamento de forma estratégica e baseada em dados— ao invés de simplesmente reagir aos movimentos do mercado — faz toda a diferença.
📊 Nesta edição, vamos focar no que cabe priorizar no seu planejamento para 2026 nas mídias sociais com base na lógica e nos dados.
O que guiará o sucesso de marcas e creators nas mídias sociais em 2026?
Como os dados abaixo apontam, autenticidade e humanização (26,55%) em primeiro lugar apontam que o próximo ciclo será sobre relações de confiança, não sobre formatos ou tendências de curto prazo. Como eu já venho falando, a atenção migrará de quem mais publica para quem mais conecta.

Comunidade (14,69%), micromovimentos e nichos (12,43%) revelam que o crescimento orgânico voltará a depender da densidade social, ou seja: o quanto sua marca consegue gerar pertencimento, e não apenas alcance. As audiências grandes estão se fragmentando, e o poder está nas microculturas que dão contexto às conversas.
Já profissionalização e estratégia (10,17%) e tecnologia, inovação e dados (8,47%) continuam fundamentais, mas perdem o protagonismo para se tornarem infraestrutura. A execução será cada vez mais tecnológica, mas com a direção sendo profundamente humana.
💡Ou seja, o futuro das mídias sociais será híbrido: humano na essência, tecnológico na operação e estratégico na tomada de decisão.
O que realmente vai guiar as estratégias de conteúdo em 2026?
De acordo com a pesquisa “The state of social media marketing 2026”, 54% dos profissionais priorizam engajamento e 53% focam em reputação, e isso já indica um caminho claro.
🧠 A lógica é que, antes de pensar em conversão, o mercado está buscando conquistar atenção e reforçar a percepção. A hipótese aqui é que relevância virou um pré-requisito para qualquer resultado mais profundo.

Já metas como gerar leads (47%) e crescer seguidores (42%) reforçam que a busca por escala ainda é vista como uma ponte estratégica. Mas surge uma reflexão importante: estamos ampliando a audiência ou apenas acumulando volume? Tração real depende menos de quantidade e mais do contexto que o conteúdo cria.
O UGC (30%) aparecendo no fim das prioridades abre espaço para oportunidades, porque poucas marcas estruturam esse formato de forma consistente. Muitas vezes, o que o mercado não está olhando é onde existe mais potencial de diferenciação.
🤔 Agora, se engajamento é a métrica mais desejada, será que ela realmente representa sucesso? Ou será que geração de leads e vendas deveriam estar no topo quando pensamos em impacto direto no negócio?
Os vídeos curtos continuarão dominando as plataformas?
Os dados abaixo mostram que os vídeos curtos seguem como o formato mais priorizado. A lógica por trás disso não é sobre “o que performa melhor”, mas sobre eficiência: são rápidos de produzir, escalam com facilidade e se encaixam no modelo de distribuição das plataformas, que privilegia alto volume e retenção inicial.

🧠 Mas quando analisamos o comportamento de consumo, vemos um movimento complementar. Vídeos médios têm ganhado engajamento em plataformas como TikTok, Instagram e LinkedIn. Isso indica que, quando há contexto e intenção, a audiência está disposta a aprofundar temas, especialmente conteúdos educativos, análises e demonstrações.
💡A hipótese estratégica é que 2026 continue com uma arquitetura híbrida: vídeos curtos como motor de descoberta e vídeos médios/longos como ferramenta de aprofundamento e diferenciação. A escolha deixa de ser binária e passa a depender da etapa da jornada, da maturidade do público e do tipo de valor que a marca quer gerar.
Você já anuncia em plataformas além da Meta?
Mesmo com novas plataformas ganhando relevância, os investimentos seguem concentrados em Facebook (61%) e Instagram (51%). Isso mostra a força dessas plataformas, mas também revela que o mercado ainda distribui pouco entre outros canais estratégicos.

TikTok ainda é um território pouco explorado: 88% dos profissionais afirmam nunca anunciar por lá. Mas a plataforma vem evoluindo rapidamente como canal de descoberta e conversão, especialmente com o TikTok Shop. Ignorar esse movimento pode significar perder espaço em uma etapa cada vez mais relevante da jornada do consumidor.
O desafio não é sair do Facebook ou do Instagram, e sim equilibrar o portfólio de mídia com base na lógica dos dados e da jornada do cliente. A estratégia mais inteligente é investir onde há maior potencial de impacto hoje, considerando o comportamento real do público.
O futuro apontado pelos dados
O que se desenha para 2026 não é uma ruptura, mas uma maturação.
Formatos de conteúdo são meios, não estratégias. Vídeos curtos, médios ou longos só fazem sentido quando articulados a um propósito claro dentro da jornada do consumidor.
E nesse novo ciclo, o que fará a diferença é dominar as ferramentas, e usar a tecnologia para potencializar relações com intencionalidade, dados e consistência.
Para você se aprofundar:
Como construir marcas que se conectam de verdade com o público nas mídias sociais?
Neste episódio do Papo Social Media, recebemos Galileu Nogueira — especialista em branding com passagens por Ambev, Itaú, 99 e Red Bull — para uma conversa profunda sobre a construção de marca nas mídias sociais, da narrativa à percepção, da consistência à intencionalidade.
Descubra como unir branding e performance, criar conteúdo com valor de marca, gerar lembrança, fugir da dependência da mídia paga e construir posicionamento com clareza.
Um episódio essencial para quem quer fortalecer sua marca e usar as redes sociais a favor dela.
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