Quem trabalha com redes sociais já percebeu: às vezes, um perfil só não dá conta de tudo.
Seja para testar conteúdos diferentes, falar com públicos distintos ou mostrar um lado mais descontraído da marca, os perfis secundários vêm ganhando cada vez mais espaço entre empresas e influenciadores.
A tendência, que começou de forma orgânica com usuários jovens criando contas “secretas” ou alternativas, agora ganha contornos mais estratégicos.
Nomes como “dix” e “PVD” fazem parte desse movimento de criar ambientes digitais paralelos, onde a comunicação pode ser mais íntima, segmentada ou até experimental.
Mas será que todo negócio precisa de um perfil secundário? Quando isso é vantagem e quando vira só mais um canal para se preocupar?
Neste artigo, vamos explorar os diferentes tipos de perfis secundários, seus usos estratégicos e como gerenciar tudo isso sem perder a cabeça (ou o engajamento). Vamos nessa?
O que é um perfil secundário?
Um perfil secundário é, basicamente, uma conta adicional criada por uma marca ou pessoa para atuar de forma paralela ao perfil principal.
Em vez de centralizar tudo em um único canal, a ideia é dividir funções, públicos ou estilos de conteúdo entre diferentes contas.
A Netflix, por exemplo, possui perfis segmentados para gêneros de filmes e séries, localizações e até setores corporativos.

Essa prática é comum tanto entre influenciadores quanto entre empresas e, em muitos casos, faz parte de uma estratégia pensada para ampliar a presença digital ou lidar com necessidades específicas de comunicação.
Por exemplo: uma marca pode manter um perfil principal com conteúdo institucional e criar um secundário só para memes e trends.
Um influenciador pode ter um perfil voltado para parcerias e outro mais pessoal, com publicações do dia a dia.
O username, nesse caso, costuma ser diferente, mas ainda associado à identidade da marca ou criador. Algo como @nomeoficial e @nome.alt ou @nomeloja e @nomeloja.suporte.
A ideia central por trás de um perfil secundário é dividir para conquistar, separando vozes, funções e formatos para entregar uma melhor experiência para cada público.
O que é “Dix” e “PVD”?
Antes de falarmos de estratégia, vale entender duas siglas (ou gírias) que dominaram o vocabulário das redes sociais, especialmente entre os mais jovens.
Embora nascidas no uso pessoal, essas expressões ajudam a entender o movimento por trás dos perfis secundários e como ele pode inspirar marcas e influenciadores a pensarem fora da caixinha.
Perfil Dix
“Dix” é uma gíria que surgiu da adaptação da palavra “digits” (dígitos), usada de forma irônica e afetuosa para se referir a perfis alternativos no Instagram.
Geralmente, o Dix é um perfil privado, com poucos seguidores e conteúdo mais íntimo ou descompromissado, fotos sem filtro, desabafos, piadas internas e bastidores do cotidiano.
É como um “clube fechado” dentro da própria rede social, onde as regras de curadoria são mais frouxas e a pressão por engajamento dá lugar à autenticidade.
Perfil PVD
Já o PVD (ou PV, de “privado”) tem uma pegada parecida, mas com foco maior na rotina real.
São contas que mostram o “por trás das câmeras” de quem publica: o café derramado, o dia ruim, a bagunça do quarto. O conteúdo é menos editado, mais cru e, por isso, mais próximo.
Muitos criadores usam o PVD como uma forma de se conectar com seguidores mais fiéis ou amigos próximos.
Não é sobre atrair multidões, mas sim manter uma conversa mais honesta e leve com quem realmente importa.
Para que serve um perfil secundário?
Criar um perfil secundário não é apenas modinha, mas uma decisão estratégica que pode trazer ganhos reais em engajamento, organização e até conversão.
As empresas têm encontrado nos perfis alternativos uma maneira de experimentar, segmentar e se comunicar melhor com diferentes públicos.
A seguir, veja algumas razões pelas quais uma empresa pode criar um perfil secundário.
Perfis por localização, franqueada ou filial
Marcas com atuação em várias cidades ou estados podem se beneficiar ao criar um perfil para cada unidade.
Isso permite adaptar o conteúdo ao público local, divulgar promoções regionais e gerar engajamento mais próximo com a comunidade.

Espaço para testes e campanhas específicas
Um perfil secundário também pode funcionar como laboratório de conteúdo.
É o espaço ideal para testar novas linguagens, formatos ou campanhas mais ousadas. Tudo isso com menos riscos para a imagem institucional.

Divisão por editoria ou propósito
Empresas com grande volume de conteúdo podem criar perfis separados para diferentes frentes editoriais.
Assim, evitam sobrecarregar o feed principal e conseguem se comunicar com públicos diferentes de forma mais eficaz.

Segmentação por público ou idioma
Empresas com públicos diversos podem dividir seus perfis por faixa etária, interesse ou até idioma.
Isso ajuda a entregar mensagens mais relevantes, com vocabulário e abordagem apropriados para cada grupo.

Perfil de mascote ou avatar digital
Criar um personagem para representar a marca é uma estratégia poderosa de humanização.
O perfil do mascote ou avatar pode assumir um tom de voz mais leve e espontâneo, engajar o público jovem e participar de trends sem comprometer a seriedade do canal principal.

Canal exclusivo de suporte ao cliente
Muitas marcas separam o atendimento ao consumidor dos demais conteúdos criando um perfil específico para suporte.
Isso agiliza o atendimento e evita encher o perfil principal de respostas a dúvidas, reclamações ou orientações.

Perfis para marcas ou linhas de produto
Algumas empresas têm marcas ou linhas dentro do próprio portfólio que funcionam como universos à parte.
Criar um perfil específico para elas ajuda a construir identidade e posicionamento próprios.

Perfil de cortes (ou clipes)
Perfis de cortes são ideais para compartilhar trechos curtos, impactantes ou virais de conteúdos mais longos, como lives, podcasts, webinars ou vídeos institucionais.
Além de facilitar o consumo rápido, eles ajudam a expandir o alcance e atrair novas audiências que talvez não assistissem ao conteúdo completo.
Esse tipo de perfil funciona muito bem em redes como o YouTube, TikTok e Instagram Reels, e é especialmente útil para empresas que investem em conteúdo audiovisual e querem reaproveitar seus conteúdos.

Perfil educativo / Treinamento
Empresas que oferecem cursos, certificações ou capacitações podem criar perfis secundários focados exclusivamente em educação, aprendizado contínuo ou comunidades de desenvolvedores e especialistas.
Esses perfis servem como hub de conhecimento, onde a marca compartilha tutoriais, eventos, conteúdos técnicos, dicas práticas e oportunidades de formação.
Além de posicionar a empresa como referência em seu setor, esse tipo de canal estimula a criação de comunidade e o engajamento com públicos mais técnicos ou aspirantes.

Como gerenciar dois (ou mais) perfis com eficiência?
Ter múltiplos perfis pode parecer simples na teoria, mas a prática é um pouco mais caótica do que parece.
Trocar de conta toda hora, lembrar o que vai em qual perfil, manter uma linha visual e de linguagem coerente… Tudo isso exige organização. E, claro, o risco clássico: postar no lugar errado e só perceber depois.
Para evitar esse tipo de confusão, o ideal é contar com ferramentas que facilitem a gestão multicanal.
É aqui que entra a mLabs: com ela, dá pra agendar posts para todos os perfis num só lugar, acompanhar relatórios separados para cada conta e até dividir o calendário editorial por estratégia. Sem falar na facilidade de trabalhar em equipe com permissões específicas para cada perfil.
Gerenciar múltiplos perfis exige esforço, sim, mas com rotina, estratégia e as ferramentas certas, você transforma esse caos potencial em uma comunicação afiada, segmentada e muito mais eficiente.
Quando é desnecessário ter um perfil secundário?
Apesar de todos os benefícios, nem toda marca ou influenciador precisa (ou deve) ter mais de um perfil nas redes sociais.
Às vezes, essa estratégia pode virar um tiro no pé se for adotada sem planejamento ou sem necessidade real.
Veja alguns cenários em que o perfil secundário não é recomendado.
Quando a equipe é pequena (ou é uma eugência)
Gerenciar um perfil já dá trabalho. Dois, então… Se não há braços suficientes para manter a frequência e o engajamento em ambos, é melhor focar no principal com qualidade do que dividir atenção e perder consistência.
Quando a estratégia ainda não está bem definida
Antes de multiplicar canais, é importante ter clareza sobre o posicionamento da marca, o público-alvo e os objetivos de comunicação.
Um segundo perfil sem propósito vira só mais uma conta parada (ou confusa).
Quando o público ainda não está segmentado o bastante
Se você ainda fala com uma audiência genérica, criar um novo canal pode não fazer sentido.
Perfis secundários funcionam melhor quando há nichos bem definidos e conteúdos específicos para cada grupo.
Quando pode causar confusão de marca
Vários perfis parecidos, sem identidade visual ou tom de voz claro, acabam prejudicando a percepção da marca. O excesso de canais pode diluir a mensagem e confundir seguidores.
Ou seja: o perfil secundário não é uma obrigação, e sim uma ferramenta. E como tal, deve ser usada com intenção, estratégia e clareza sobre o que se quer alcançar.
Afinal, vale a pena ter um perfil secundário?
Perfis secundários são como ramificações da sua presença digital: podem ser criativos, íntimos, ousados ou super segmentados.
Quando bem usados, se tornam verdadeiros laboratórios de conexão com públicos específicos, espaços para testes e novos formatos, ou canais úteis para atendimento e regionalização.
Antes de criar um novo, pergunte-se: ele vai ajudar a minha marca a se comunicar melhor? Vai atingir um público específico? Vai dar liberdade criativa ou operacional?
Se a resposta for sim, vá em frente. Só não vá sozinho: com uma ferramenta como a mLabs, você consegue gerenciar tudo isso com mais eficiência, agilidade e controle.
Teste agora e descubra como manter múltiplos perfis sem perder o foco.




