Texto originalmente publicado na newsletter do LinkedIn de Rafael Kiso
Se você sente que criar conteúdo virou uma tarefa cada vez mais complexa — entre escolher formatos, testar abordagens e acompanhar tendências — você não está sozinho.
💡O volume de canais, formatos e expectativas aumentou, mas o tempo e os recursos seguem limitados. A boa notícia é que existe um caminho mais estratégico e eficiente. E não, não é sobre fazer mais. É sobre fazer melhor, com mais inteligência, reaproveitamento e profundidade.
Quais são as especialidades que mais estão crescendo no marketing?
Um estudo com mil empresas que estão contratando para marketing revelou as especializações que mais crescem. O foco está em tecnologia, dados, IA e experiência do consumidor. As marcas não querem só adaptação, mas profissionais que ajudem a moldar o futuro.

O Marketing Conversacional merece destaque. As redes sociais são, acima de tudo, sociais. Quem transforma canais em espaços de diálogo, e não apenas de divulgação, sai na frente. Responder rápido, com contexto e relevância, virou diferencial competitivo.
Profissionais com repertório técnico, visão estratégica e capacidade de adaptar a experiência do usuário aos novos canais estão se tornando cada vez mais indispensáveis. O marketing não é mais só criativo, ele é analítico, automatizado e orientado por resultados.
Por falar em IA, qual é o papel dela na criação de conteúdo?
Os dados abaixo apontam que as fases mais utilizadas ainda são redação (37%) e pesquisa (26%), justamente onde há maior demanda por volume, agilidade e profundidade. Nessas etapas, a IA já se consolidou como aliada da produtividade e da consistência.

Ideação aparece com apenas 12%, o que revela uma grande oportunidade. Poucos usam IA para estruturar roteiros, explorar ângulos criativos ou destravar ideias. Quem ativa a IA desde o planejamento já sai na frente. Edição tem 21%, mas poderia ser mais explorada. Usar o ChatGPT como revisor crítico antes de publicar pode elevar o nível do conteúdo, com sugestões que melhoram clareza, impacto e coerência com o posicionamento da marca.
A IA não substitui a estratégia, mas acelera decisões, reduz gargalos operacionais e sustenta uma produção mais escalável e alinhada com os objetivos do negócio. O diferencial está em usar a tecnologia para ampliar impacto.
Qual formato de conteúdo você mais consome hoje?
A audiência não consome somente vídeos curtos.
Apesar do hype dos Reels, TikToks e Shorts, os dados mostram que o consumo vai muito além dos vídeos curtos. O YouTube, principalmente com vídeos longos, segue relevante em todas as faixas etárias, mas ainda é pouco explorado nas estratégias de conteúdo.

O que engaja um público jovem pode não funcionar da mesma forma com faixas mais maduras. Marcas que segmentam formatos por geração têm mais chances de entregar valor no canal certo, para a pessoa certa.
Uma estratégia sólida precisa equilibrar formatos rápidos com conteúdos mais profundos. Curtos geram descoberta, longos criam conexão. Juntos, constroem autoridade e consistência.
Faz sentido pra você? Sua estratégia está equilibrando esses formatos?
Quais tipos de conteúdo você mais posta?
Conteúdo 100% original tem quase 3x mais engajamento que o reaproveitado. E aqui estamos falando da taxa de engajamento pública, ou seja, baseada no número de seguidores. Isso mostra que o algoritmo valoriza novidade, mas também que o público está mais atento e exigente com o que consome no feed.

Conteúdo reaproveitado ainda pode funcionar – desde que seja transformado. Atualizar o formato, incluir dados recentes ou trazer um novo ponto de vista pode dar sobrevida a ideias antigas, sem perder relevância.
Para quem lida com falta de tempo para criar conteúdo, priorizar a criação original pode parecer inviável. Mas criar menos posts, com mais profundidade e originalidade, pode gerar mais resultado do que postar em volume.
Você já mediu o impacto de reaproveitar conteúdo na sua estratégia de social?
Uma análise com 258 marcas entre 50k e 100k seguidores mostrou que aquelas que reaproveitam seus conteúdos alcançam, em média, 2,5 vezes mais visualizações. São 114.907 views contra 45.516. Escala e eficiência que não dá para ignorar.

A autenticidade é o melhor caminho, como você viu anteriormente. Mas isso não impede que o planejamento traga conteúdos antigos de volta, especialmente os que já performaram bem, adaptados para novos formatos e canais.
Reaproveitar não é repetir. É transformar uma ideia validada em carrossel, Reels, infográfico ou podcast. É extrair mais valor de algo que já funcionou, alcançando públicos diferentes com menos esforço.
O algoritmo recompensa frequência, profundidade e consistência. Reaproveitar ajuda a manter presença ativa, sem depender da criação do zero, e ainda fortalece o branding no longo prazo.
O conteúdo ainda é um dos ativos mais valiosos para atrair, engajar e converter. Mas não é mais sobre volume — é sobre relevância com eficiência. Reaproveitar ideias validadas, aplicar IA com critérios e priorizar formatos que geram mais conexão são caminhos para construir uma presença mais estratégica nas mídias sociais. O futuro da criação de conteúdo é híbrido: técnico, criativo e orientado por dados.
![KISO INSIGHTS 59 [Kiso Insights] Vale a pena reaproveitar conteúdo nas Mídias Sociais?](https://mlabs-wordpress-site.s3.amazonaws.com/wp-content/uploads/2025/05/CAPAS-BLOG-KISO-INSIGHTS-25.png)



