[Kiso Insights] Quais táticas de marketing dão mais resultados no Instagram?

Texto originalmente publicado na newsletter do LinkedIn de Rafael Kiso

Segundo a pesquisa da Hubspot, criar conteúdo que estimula engajamento é a tática mais eficaz, com 44% de preferência pelos profissionais de marketing.

👍Aproximar-se da sua audiência por meio de interações diretas vem em segundo lugar, com 40%.

Como aumentar o engajamento geralmente é o principal objetivo, não é de se surpreender que interagir com o público (como responder a comentários) esteja em tamanha posição de importância, porque é exatamente assim que você aumenta o engajamento.

O Instagram olha muito para a afinidade dos seus seguidores com o seu perfil. O engajamento mútuo é o que mais conta para essa pontuação de afinidade.

Inclusive, em 2025 veremos isso ganhar muita força, incluindo as interações por direct. Por isso, dominar e saber como colocar em prática as principais tendências para o Instagram vai te colocar em posição de vantagem no mercado.

📊Os dados mostram que postar um conteúdo relacionado a produtos e serviços pode trazer retorno sobre investimento. Isso é lógico pela ótica de que é o único conteúdo diretamente ligado à conversão.

Mas, sabemos que as pessoas não entram no Instagram para ver propaganda e que 45% delas deixariam de seguir um perfil por excesso de autopromoção (Tint).

Portanto, você deve inserir seus produtos e serviços como parte de uma história, trazê-los em um contexto que agregue valor antes de extrair valor.

Criar conteúdo é como praticar um esporte. No começo, é comum sentir que você não está no seu melhor, mas com consistência e dedicação, você começa a ver progresso.

Na criação de conteúdo, o processo é o mesmo. Cada post é um passo em direção à evolução, à medida que você vai aprendendo o que funciona ou não para o seu público.

👀 A grande diferença entre aqueles que se destacam e os que ficam estagnados está na forma como encaram esse processo. Existem aqueles que estão nas redes apenas para ganhar seguidores, atenção, curtidas e focando em viralizar, mas muitas vezes sem um propósito. E existem os criadores que entendem as redes sociais como uma ferramenta estratégica para negócios e tem uma abordagem mais intencional.

Aqui entra o mantra que citei anteriormente: “Entregue valor antes de extrair valor”. Esse princípio é o que diferencia um conteúdo comum de um conteúdo transformador. Quando você foca em entregar algo de valor — seja conhecimento, dica ou uma solução —, você fortalece sua relação com seus seguidores e constrói autoridade no seu nicho.

Por exemplo, falar de 5 maneiras de combinar o colar com ocasiões de festas diferentes em de simplesmente falar do colar com uma oferta. Faz sentido?

Ao alinhar essa entrega de valor com estratégias inteligentes, você não só atrai novos seguidores, mas também conduz os atuais por uma jornada mais profunda. Eles deixam de ser apenas espectadores e se tornam clientes engajados, e eventualmente, promotores do seu negócio, ajudando a espalhar sua mensagem de forma orgânica. Assim, a criação de conteúdo não é apenas uma questão de quantidade, mas de qualidade e estratégia.

🔍 A análise (retratada na imagem acima) mostra também uma tendência crescente: conteúdos que ressoam com autenticidade e humor também estão ganhando destaque, com 34% e 28% de ROI, segundo os profissionais de marketing entrevistados.

Isso revela a importância do infotenimento nos posts e elevar a identificação do seu público.

Você já reparou que alguns posts parecem ser impulsionados pelo algoritmo e outros, não? Pois é, o que acontece é que o algoritmo não decide sozinho o que é bom ou ruim – ele reage aos sinais sociais, ou seja, as interações que seu conteúdo recebe.

Quanto mais curtidas, comentários e compartilhamentos, mais o algoritmo distribui o conteúdo. Isso porque ele entende que, se muita gente está prestando atenção, mais pessoas podem achar aquilo interessante.

E não importa se os comentários são positivos ou negativos. Se o público está discutindo, comentando e interagindo, o algoritmo enxerga isso como engajamento e distribui seu conteúdo para mais pessoas. Até discussões acaloradas acabam contribuindo no alcance! Como foi o caso do Marçal.

Uma das grandes sacadas do Marçal foi a descentralização da criação e distribuição. Em vez de postar todo o conteúdo diretamente, ele incentivou sua comunidade a gerar recortes e compartilhar em suas próprias contas. Isso não só multiplica a exposição como dribla a “canibalização” do alcance, um problema comum nas redes sociais como o Instagram.

Contudo, há riscos envolvidos. Pois você pode perder um pouco de controle sobre como seu conteúdo será recortado e compartilhado. Se o conteúdo gerar debates negativos, o alcance pode ser expandido, mas às custas de uma possível associação negativa.

Assim, é essencial monitorar como esses recortes estão sendo recebidos e como o público está reagindo, para que a imagem do criador ou da marca não seja prejudicada no longo prazo.

Apesar dos riscos, a estratégia é altamente eficaz quando bem executada. Ao alavancar a descentralização e manipular os sinais sociais de forma inteligente, você maximiza sua exposição, aproveitando ao máximo os mecanismos do algoritmo.

⏳ A retenção é outro ponto-chave: quanto mais tempo as pessoas passam assistindo seu vídeo, maior a chance do algoritmo distribuir ele para novos seguidores. Se o público assiste a 70-80% de um vídeo, por exemplo, é um sinal forte de que seu conteúdo está prendendo a atenção e fazendo aquele usuário ficar mais tempo na plataforma – e o algoritmo ama isso.

Portanto, o ponto central disso tudo é que as mídias sociais são sobre conversas. Mesmo que as interações não sejam sempre positivas, elas ainda contam como atenção. E atenção é exatamente o que o algoritmo precisa para distribuir seu conteúdo.

Em resumo, garantir um ROI positivo no Instagram é um esforço que passa pela criação de conteúdo autêntico e relevante, pela interação próxima com a audiência e pela compreensão de como o algoritmo responde ao engajamento.

As táticas que vimos — desde interações diretas até a descentralização da distribuição e o uso estratégico de sinais sociais — não apenas aumentam a visibilidade, mas também constroem uma comunidade de seguidores engajados e leais.

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