Texto originalmente publicado na newsletter do LinkedIn de Rafael Kiso
A disputa pela sua atenção está cada vez mais acirrada. TikTok, Instagram, YouTube e Facebook querem uma coisa: que você passe mais tempo neles. E, nessa briga, quem entende o comportamento do usuário sai na frente.
Tempo de retenção, formato, roteiro e até o ritmo da edição mudam de plataforma para plataforma. E se você produz conteúdo ou trabalha com estratégia digital, entender essa dinâmica virou ponto de sobrevivência.
Atenção é guerra: os primeiros segundos definem tudo

📈 O YouTube entrega 3:06 de atenção em média. Já no Instagram (0:27), TikTok (0:26) e Facebook (0:18), o usuário decide em segundos se continua assistindo. Plataformas diferentes exigem lógicas diferentes de roteiro e edição.
🎯 Em redes de rolagem rápida, a retenção começa na primeira frase. Gatilhos visuais, cortes dinâmicos e legendas impactantes viraram obrigação. Já no YouTube, dá pra explorar narrativas, criar séries e aprofundar temas sem perder audiência.
A lógica é simples: quanto menor o tempo médio, maior a importância dos primeiros segundos. Trabalhar com abertura forte, ritmo ágil e CTA claro vira técnica — não detalhe.
Faz sentido pra você?
Cada app, um fluxo: o comportamento muda de rede para rede
No TikTok, o feed concentra quase todo o tempo de navegação. No Instagram, os usuários dividem a atenção entre Reels, perfil e até o chat. Já no YouTube, vídeos longos ainda dominam, mas os Shorts ganham cada vez mais espaço.

Isso muda completamente a lógica de planejamento: no TikTok, consistência no feed é o que gera recorrência. No Instagram, a jornada do usuário passa pelo conteúdo, mas também pela percepção do perfil. E no YouTube, o criador que combina Shorts com vídeos longos tem mais chances de reter e converter.
🧠 Não basta só adaptar formato, é preciso entender o fluxo de atenção em cada app. Um Reels bom que leva pra um perfil mal otimizado perde impacto. Um Shorts bem roteirizado que não convida pro canal não sustenta audiência. E no TikTok, quem não prende nos 3 primeiros segundos perde a chance de aparecer de novo pro mesmo usuário.
Alcance ainda é pra poucos — e grandes

Apesar do Instagram prometer maior visibilidade para criadores menores, os dados ainda apontam que perfis maiores seguem dominando em alcance. Contas com até 5 mil seguidores têm, em média, 308 views por Reel, enquanto perfis entre 100k e 1M chegam a 15 mil.
🔍 Diferente do TikTok, onde o alcance é mais descentralizado e independe do número de seguidores, no Instagram o volume da base ainda pesa bastante. Isso evidencia que, por enquanto, os grandes continuam tendo mais vantagem.
Quando um perfil pequeno entrega acima da média, isso indica que o conteúdo está sendo bem distribuído. E se um perfil grande entrega abaixo, é sinal de que precisa repensar o criativo, o gancho ou até o nicho.
A taxa que importa (e quase ninguém acompanha)
Sua taxa está acompanhando a média?
O primeiro passo é descobrir como está a sua taxa de visualizações nos Reels usando a fórmula:
(Visualizações / Número de seguidores) X 100
Perfis com até 5 mil seguidores têm, em média, 20% de taxa de views em Reels. Já contas com mais de 100 mil mal chegam a 4%. Ou seja: quanto menor o perfil, maior a entrega proporcional. Isso significa que o algoritmo testa sim novos criadores? Ou que é mais fácil ter porcentagens maiores porque o número de seguidores é menor?

Certamente o alcance orgânico não depende só de tamanho de audiência. Criatividade, técnica baseada em lógica, consistência e timing pesam mais do que volume. E para quem está começando, a competição é ainda maior.
🧠 Apesar do discurso do Instagram em beneficiar os pequenos creators, o algoritmo leva em consideração muito outros fatores para distribuição, como por exemplo, a relevância de um perfil dentro da rede. Portanto, quem te segue importa e quem tem mais seguidores tem mais influenciadores como seus seguidores.
Quem analisa só número absoluto de views para otimizar a distribuição das publicações, está ignorando que o Instagram é uma rede social, e, portanto, precisa de relevância e afinidade dentro da rede. Isso se chama construção de audiência.
💡Quer descobrir o que os Reels virais têm em comum, de acordo com dados do próprio META? Clique aqui para saber mais e depois me manda uma DM com a palavra “Vazou”.
Onde vale mais a pena investir seu tempo criativo?

📈 O TikTok lidera em tempo médio por usuário entre os apps sociais com foco em vídeo. YouTube aparece logo em seguida, com alto tempo de retenção em vídeos longos. E o Instagram, mesmo sendo uma plataforma multifuncional, ainda mantém destaque — principalmente pelos Reels.
Isso exige uma virada de chave na estratégia: se o vídeo é onde o público mais passa tempo, ele precisa ser o protagonista em sua estratégia de conteúdo. Mas não é só sobre estar presente — é sobre entender o que cada plataforma entrega.
O comportamento do usuário muda entre elas: no TikTok, o consumo é acelerado e contínuo; no Instagram, ele alterna entre formatos; no YouTube, ele se aprofunda. Isso muda roteiro, duração, gancho e até a chamada pra ação.
💡 Saber onde o usuário passa mais tempo te ajuda a definir onde investir mais esforço criativo. É melhor investir onde a maioria do seu público-alvo está ou onde muitos deles passam mais tempo?
Não existe uma fórmula única — existe a lógica de cada app. Quem domina o tempo e o formato certo para cada canal, entrega mais e melhor. A verdadeira vantagem está em usar os dados para criar com inteligência, adaptar com consistência e medir além das visualizações.
No fim, não ganha quem está em todas, mas quem entende onde está fazendo sentido estar.
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